Santa Catarina é reconhecida mundialmente por seu elevado nível de excelência sanitária. Possui certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como o único Estado do Brasil livre de febre aftosa sem vacinação e livre da peste suína clássica, garantindo acesso aos mais exigentes e competitivos mercados de carne do mundo. Sendo o trânsito de animais um ponto sensível, uma das medidas de controle é efetuada por meio da Guia de Trânsito Animal (GTA).

Com o objetivo de capacitar assistentes administrativos e dirigentes dos Sindicatos Rurais ocorreu nesta semana, em Chapecó, um treinamento de Emissão Eletrônica de e-GTA, conforme o Sistema de Gestão da Defesa Agropecuária Catarinenses (SIGEN). A iniciativa foi da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC) em parceria com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), e reuniu cerca de cinquenta Sindicatos das regiões oeste e extremo oeste do Estado, além dos instrutores do SENAR/SC.

O treinamento foi ministrado pelos técnicos da CIDASC Eduardo Oda Seifert, Cirio Vieira e Amaro José Loch que abordaram os objetivos da Guia de Trânsito Animal e deram orientações gerais para uso do Sistema de Defesa Sanitária Animal. Também explanaram sobre propriedades com atividades de pecuária e unidade de exploração, a saída de animais, pesquisas de GTAs já registradas, cancelamento de GTA, entrada de animais e inventário de propriedades.

“Somos um Estado de referência nacional em relação ao trânsito de animais”, destacou o gestor estadual de tecnologia da informação da CIDASC Amaro José Loch. Ele explicou que a GTA é importante para garantir a sanidade do Estado. “Por meio disso conseguimos rastrear, por exemplo, um animal doente, sabemos por onde ele passou e temos as condições necessárias para tomar as medidas cabíveis evitando a proliferação de doenças no território catarinense”.

Loch expôs que para emitir a GTA, em alguns casos, é necessário que sejam disponibilizados documentos com informações sobre os animais que serão transportados. A documentação varia de acordo com a espécie do animal e a finalidade do transporte.
“Essa é mais uma ferramenta de trabalho para ajudar nossos produtores rurais. A emissão é feita atualmente pelo ICASA e a CIDASC, mas queremos capacitar os funcionários dos Sindicatos Rurais para que tenham condições de emiti-las quando houver a necessidade, por exemplo em caso de férias ou licença dos trabalhadores do ICASA. Queremos garantir que os produtores terão sempre esse atendimento disponível”, enfatizou o vice-presidente de finanças da FAESC, Antônio Marcos Pagani de Souza.

O vice-presidente da FAESC Enori Barbieri reforçou a importância da Guia de Trânsito Animal para melhorar cada vez mais a defesa sanitária em Santa Catarina. “Somos um Estado diferenciado que tem a capacidade de agregar valor aos seus produtos em função desse status sanitário. Essa integração entre poder público, privado, entidades representativas só têm a trazer benefícios. A nossa principal preocupação é atender melhor os produtores rurais que são a base para o sucesso do agronegócio catarinense”.

O presidente do Sindicato Rural de Chapecó Ricardo Lunardi salientou a importância da parceria entre os Sindicatos e as entidades representativas do agronegócio oportunizando agilidade e facilitando o acesso aos produtores rurais a esses serviços. “Os produtores têm mais recursos para fazer com que o trânsito de animais ocorra de forma regular. Com isso tudo nós teremos mais segurança sanitária que é o nosso principal foco. Além disso, o processo de emissão de GTA pode ser efetuado da propriedade, sem precisar sair de casa. Os Sindicatos estão sendo treinados para orientar os produtores nesse processo”.

Acompanharam as capacitações o vice-presidente de finanças da FAESC Antônio Marcos Pagani de Souza, o presidente da CIDASC e vice-presidente da FAESC Enori Barbieri, o supervisor do SENAR/SC na região oeste Helder Barbosa e o presidente do Sindicato Rural de Chapecó Ricardo Lunardi.

Fonte: Faesc