O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) reduziu na quinta-feira (14) sua estimativa para a produção global de grãos em 2020/21 para o que ainda seria um recorde de 2,21 bilhões de toneladas, e também cortou sua projeção para o consumo durante a temporada.

Em atualização mensal, o órgão intergovernamental reduziu a estimativa para a produção de grãos em 9 milhões de toneladas, com um corte de 13 milhões de toneladas na safra de milho sendo parcialmente compensado por uma revisão altista para o trigo.

O consumo global de grãos em 2020/21 foi diminuído em 5 milhões de toneladas, para 2,216 bilhões de toneladas, mas segue acima dos 2,192 bilhões de toneladas da safra anterior.

“Embora a pandemia de Covid-19 siga afetando a demanda em alguns setores, particularmente o de etanol combustível e o de cervejas, o consumo total deverá crescer pelo quinto ano consecutivo”, disse o IGC.

Os estoques de grãos, enquanto isso, tendem a cair para uma mínima de cinco anos de 611 milhões de toneladas.

“A queda está totalmente ligada a um recuo nos estoques de milho, para uma mínima de oito anos, guiada pelas contrações nos Estados Unidos, China e União Europeia”, disse o IGC. “Em contraste, os estoques de trigo deverão atingir uma nova máxima”, acrescentou o órgão.

O IGC reduziu sua previsão para a produção global de milho em 13 milhões de toneladas, para 1,133 bilhão de toneladas, mas ela segue levemente acima dos 1,124 bilhão de toneladas da temporada anterior.

A produção nos EUA, maior produtor mundial do cereal, foi reduzida para 360,3 milhões de toneladas, frente a uma projeção anterior de 368,5 milhões.

Já a safra de milho 2020/21 do Brasil foi estimada em 105,8 milhões de toneladas, abaixo da projeção anterior de 112,5 milhões, mas ainda acima dos 102,5 milhões vistos na temporada anterior.

Fonte: Reuters com adaptações Suino.com