Produzir um alimento de qualidade, com segurança, eficiência e bem-estar animal, com menor impacto ambiental da produção e ainda com menos recursos de terra, água, mão-de-obra e energia, por exemplo, é hoje o desafio da suinocultura moderna, defendeu o médico veterinário, consultor da L.Roppa Consulting e Presidente do Conselho da Yes, Luciano Roppa, na palestra de abertura do III Simpork, na noite desta quarta-feira 27.

Para ele, o crescimento populacional e do poder aquisitivo gera uma demanda maior por alimentos, incluindo a carne suína. E o setor vai precisar atender a esta demanda com menos recursos e de acordo com as exigências cada vez mais crescentes do consumidor. “Os consumidores estão redefinindo a indústria da carne com estas exigências”, defendeu o especialista para uma plateia de cerca de 250 pessoas.

Como exemplo, ele cita o anúncio feito por alguns dos principais players de mercado de concluir a transição para gestação coletiva até 2026. “Com estes anúncios de agroindústrias como BRF, JBS, Aurora, Frimesa e Pamplona, estima-se que 50% do rebanho brasileiro tecnificado estará alinhado com esta nova conduta”, avaliou Roppa mencionando as evoluções da cadeia produtiva em áreas como nutrição, manejo, instalações, genética e bem-estar que ocorreram rapidamente. “E nos próximos anos vai evoluir em velocidade ainda maior”.

Apesar de tantas mudanças para se adaptar aliadas a uma série de crises enfrentadas pelo setor, a produção de carne suína cresceu 42% entre os anos de 2000 e 2018, chegando a 3,7 milhões de toneladas de carne produzidas ao ano. E este crescimento ocorreu com número cada vez menor de produtores. Segundo o especialista, 810 mil produtores deixaram a atividade nos últimos 50 anos, restando atualmente 60 mil criadores tecnificados.

O III Simpork (Simpósio Internacional de Produção e Sanidade de Suínos), acontece até sexta-feira 29 no Campus da FCAV-Unesp Jaboticabal, no interior de São Paulo.

Fonte: Assessoria de Imprensa/Márcia Midori