O Imea divulgou na última semana (25/08) o novo custo de produção da soja referente ao mês de julho para a safra 18/19 em MT. Baseado nos novos dados, o custo operacional ponderado ficou em R$ 3.150,98/ha e o custo total em R$ 3.606,08/ha, representando um aumento de 0,83% e 0,77% em comparação a junho, respectivamente.

As principais variações ficaram por conta dos corretivos de solo, macronutrientes e fungicidas, elevação de 2,53%, 1,90% e 1,70%, nessa ordem. Os custos com estes insumos vêm sofrendo nos últimos meses, principalmente, com o aumento no custo dos fretes, em decorrência do tabelamento, além da alta na taxa de câmbio, que por sua vez é reflexo da política interna e do mercado internacional.

Assim, com 95% dos insumos comercializados, o produtor que deixou para negociar neste
momento pode “padecer” um pouco mais, visto a disparada do dólar neste mês de agosto.

Confira os principais destaques do boletim:

• Puxado pela valorização da taxa de câmbio, o Indicador Imea–MT para o preço disponível da soja em Mato Grosso encerrou com ganho de 1,38% e preço médio de R$ 72,21/sc.

• O preço paridade para mar/19 fechou a última semana com valorização de 2,62%, pautado, principalmente, no aumento da taxa de câmbio.

• O contrato da CME corrente finalizou a última semana com baixa de 1,18%, devido, sobretudo, às divulgações do crop tour do ProFarmer, que trazem números positivos para a safra futura norte-americana.

• A taxa de câmbio corrente encerrou com alta de 3,79% e cotação média de R$ 4,06/US$, devido ao cenário político brasileiro, além do cenário mundial.

Na segunda quinzena de setembro teremos o encerramento do vazio sanitário e o início do plantio da safra de soja 18/19. Neste momento, mais do que nunca, as atenções se voltam para os preços da próxima safra. Dessa forma, ao analisar o preço paridade para março/19, este se encontra 18,8% acima ao do mesmo período no ano anterior, cotado a R$ 64,77/sc, R$ 8,73/sc acima do custo operacional para a safra 18/19.

Esta valorização é reflexo das altas do prêmio, que está acima dos US$ 2,00/bu, e da taxa de câmbio, que atingiu na última quinta-feira os R$ 4,12/US$. No entanto, isto não se reflete em negócios neste momento, visto que o mercado futuro continua congelado, devido às indefinições que rodeiam a tabela mínima de frete.

Assim, o período traz grandes preocupações e incertezas quanto à próxima safra, pois o produtor não vem realizando negócios futuros, o que pode acabar deixando-o “exposto”.

Fonte: IMEA