Representantes do governo da Índia, o segundo país mais populoso do mundo, procuraram recentemente a cúpula dos Estados Unidos para proporem negociações de livre comércio entre os dois países. De acordo com o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, as negociações são importantes e já foram iniciadas através do subsecretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para Assuntos Comerciais e Estrangeiros do Comércio, Ted McKinney.

“O comércio entre os EUA e a Índia cresceu significativamente nos últimos anos e tem potencial para abranger todos os setores da economia. Para aumentar o comércio recíproco, continuaremos buscando identificar e abordar as barreiras comerciais relacionadas a bens, incluindo produtos manufaturados e agricultura, serviços e direitos de propriedade intelectual”, indicou Lightizer após uma conversa com o ministro indiano do Comércio e Indústria, Suresh Prabhu.

Segundo os especialistas, os produtores norte-americanos de milho e de etanol podem ser alguns dos maiores beneficiários de um acordo de livre comércio com a Índia. O país diz há anos que quer expandir o uso de etanol na gasolina que movimenta seus 142 milhões de carros, motocicletas e caminhões.

Nesse cenário, a Índia não tem capacidade de produção para fazer isso acontecer, mas as empresas americanas dizem que sim. Para resolver esse problema, a Índia procurou Donald Trump para negociações, que foram confirmadas pelo próprio presidente. “A Índia, que é o rei da tarifa – eles nos chamaram e disseram: ‘Queremos iniciar as negociações imediatamente … Queremos manter seu presidente feliz’. Não é legal? É verdade. Eles têm que nos manter felizes”, disse.

 

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems