De acordo com a FAO, seu Índice de Preços dos Alimentos (FFPI na sigla em inglês) alcançou em dezembro de 2017 181,7 pontos, resultado que além de corresponder a uma das maiores variações dos últimos tempos (aumento de 2,5% em relação a novembro), elevou o FFPI ao maior valor dos últimos cinco anos.

Culpa das carnes, certo? Errado. No demonstrativo da FAO, a alta foi puxada pelos óleos vegetais, açúcar e lácteos – o que, mesmo assim, não alterou o índice anual de forma significativa. Em 2019 ele aumentou 1,83%, ficando em 171,5 pontos (2002/2004 = 100 pontos).

E as carnes? Depois de apresentarem significativa alta de preços em novembro (aumento de quase 6% em relação a outubro), permaneceram praticamente estabilizadas em dezembro, com incremento mensal pouco superior a meio ponto. Assim, ao alcançarem 191,6 pontos, reaproximam-se pela primeira vez da marca de 196,4 pontos, resultado registrado pela última vez em dezembro de 2014.

A despeito da estabilidade, prosseguiram as altas da carne suína, com valorização próxima de 3,5%. O preço da carne bovina subiu menos de 1%, enquanto o da carne de frango manteve-se praticamente estável, com variação de apenas 0,26%.

Em termos anuais a maior valorização foi, novamente, a da carne suína: preços 26% superiores aos de 2018. Mas a carne bovina não ficou muito atrás, pois seus preços aumentaram perto de 25%. Assim, o pior desempenho continuou com a carne de frango, já que seu preço médio no decorrer de 2019 (resultado preliminar) foi apenas 3% melhor que o do ano anterior.

Fonte: AviSite