No primeiro bimestre de 2021, o preço do diesel nas refinarias teve um aumento acumulado de 42%; O preço do combustível na bomba ficou 6,4% maior em comparação com 2020

Para calcular o valor de um frete rodoviário, além dos custos referentes à depreciação do caminhão e aos encargos sociais, que são fixos, a conta precisa incluir a manutenção do veículo e os gastos com óleo diesel. Entretanto, de acordo com o último Índice FreteBras do Preço de Frete (IFPF), de fevereiro de 2020 para fevereiro de 2021 houve alta de apenas 2% no preço dos fretes. O aumento é inferior à alta de 6,4% no valor do diesel comum (S500) na bomba no mesmo período.

De acordo com o IFPF, o preço médio do frete por quilômetro por eixo no Brasil é de R﹩ 0,99. Considerando a comparação entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2020, a região Norte é a que contabiliza a maior alta (5,60%), apresentando o quilômetro por eixo mais caro do país, com o valor de R﹩ 1,10. Porém, esta região contabiliza também uma das maiores altas no preço do diesel para o consumidor, de 6,35%. Em contrapartida, apesar de contabilizar o segundo maior aumento do frete no país (2,08%), o Sudeste é a região onde o preço do frete é o mais baixo, com custo de R﹩ 0,98 por quilômetro por eixo. É também a segunda região com maior subida de preços do S500 na bomba (6,74%).

“Apesar dos esforços do governo em reduzir os custos para os caminhoneiros, com a eliminação das taxas de importação dos pneus e a redução de impostos federais sobre o diesel, a alta ainda é expressiva para os motoristas. O combustível representa, atualmente, de 40% a 50% dos gastos do caminhoneiro para a realização de um frete, mas as despesas ainda incluem o desgaste de pneus, óleo lubrificante, estadia e alimentação”, explica Bruno Hacad, Diretor de Operações da FreteBras, maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul.

Fretes por segmento

Com mais de 600 mil cargas publicadas por mês, a Fretebras é capaz de identificar os segmentos que mais se destacam no volume de fretes transportados. São eles o Agronegócio, a Construção e os Produtos Industrializados.

No Agronegócio, os principais produtos transportados no início do ano foram fertilizantes, milho e soja e o preço do frete na categoria aumentou 3,03% na comparação entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2020. Em Industrializados, os itens mais relevantes foram os alimentícios, siderúrgicos e máquinas e equipamentos e o frete aumentou 1,03% no mesmo período. Finalmente, em Construção, os produtos mais comuns foram cimento, telha e pisos e foi justamente nesta categoria onde se registrou a maior alta no preço do frete, 3,15% em comparação com fevereiro do ano passado.

Quando comparados os dois primeiros meses de 2021, houve queda de 1,92% no preço do frete no segmento Agro. Já as categorias Construção e Industrializados se mantiveram estáveis. Em ambos os casos, houve uma variação pequena de apenas 1%.

Análise de Rotas

Com o intuito de apoiar o setor na oferta de fretes com valores mais alinhados com a realidade de mercado, a FreteBras oferece a ferramenta Análise de Rotas. Por meio desta funcionalidade, a empresa permite às transportadoras e aos embarcadores assinantes da plataforma visualizar os preços históricos dos fretes em determinadas rotas, permitindo assim a definição de valores de acordo com o mercado. A ferramenta se atualiza à medida que novos fretes são publicados e, portanto, evolui a cada dia.

Na visão de Bruno Hacad, “nossa ferramenta de análise de rotas pode ajudar para que a relação de preços entre as empresas e os caminhoneiros seja ainda mais eficiente e equilibrada para ambos lados, diminuindo os possíveis atritos já existentes”.

Metodologia

Os dados que compõem o Índice FreteBras de Preço do Frete (IFPF) têm base no fluxo de dados da FreteBras, principalmente nas informações extraídas da tecnologia Análise de Rota, oferecida gratuitamente pela empresa para que os clientes possam analisar o custo do frete nas rotas desejadas. Com mais de 500 mil caminhoneiros cadastrados e 12 mil empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 95% do território nacional.

Foram analisados também os preços de combustíveis publicados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), principal índice de preço de combustíveis no Brasil.

Fonte: Assessoria de Imprensa