O Centro de Pesquisas Bioveterinárias da Universidade de Wageningen, na Holanda, detectou a presença da cepa H5N8 da Influenza Veterinária, caracterizada como de alta patogenicidade, em dois cisnes mortos nas proximidades da localidade de Kockengen, província de Utrecht. As aves faziam parte de um grupo de seis cisnes, todos encontrados mortos.

A propósito, a Universidade de Wageningen traçou a seguinte rota da possível disseminação do vírus por vários países:

Em agosto, a cepa H5N8 foi identificada na Rússia Ocidental em dois cisnes mortos da espécie cisne-mudo e também em patos e marrecos. Em setembro, o mesmo vírus foi detectado em aves silvestres encontradas mortas no Cazaquistão. Já em outubro corrente seu primeiro relato foi em um zoológico de Jerusalém, Israel, também em cisnes.

Como se vê, os cisnes são particularmente sensíveis a essa cepa e, conforme os pesquisadores de Wageningen, aves migratórias podem transportar o vírus para a Europa ocidental neste outono (Hemisfério Norte). O detalhe é que nenhum vírus do tipo H5N8 foi relatado nas rotas de migração para a Holanda, o que leva à conclusão de que o caso registrado em Kockengen foi introduzido nos Países Baixos por outra espécie de ave que não os cisnes.

Isso tendo ocorrido, a conclusão mais preocupante é a de que vírus pode estar circulando localmente na Holanda entre as aves silvestres. Como isso não está comprovado – pois os pássaros mortos em outras áreas do país ainda não foram testados – o Ministério da Agricultura holandês solicitou aos especialistas na questão a avaliação do risco de as granjas virem a ser infectadas por essa cepa.

A propósito, está sendo lembrado que em 2016 e 2017 a Holanda experimentou vários surtos de Influenza Aviária em granjas de aves comerciais que afetaram negativamente não só a produção, mas também as exportações avícolas holandesas.

 Fonte: AviSite