A colheita de milho para a safra 2017/18 foi iniciada em Mato Grosso, no entanto, ainda apresenta avanços tímidos, com apenas 0,78% do total da área estimada. Apesar de ser comum neste período um ritmo lento nos trabalhos, nesta última semana as colhedoras ficaram paradas em grande parte do Estado devido à baixa disponibilidade de óleo diesel, reflexo da greve dos caminhoneiros que ainda está travando a oferta do combustível.

Diante disso, somente as regiões sudeste, médio-norte e centro-sul já iniciaram os trabalhos, apresentando 1,29%, 1,22% e 0,17%, respectivamente, da área estimada, enquanto que o avanço médio da colheita no Estado já exibe um atraso de 2,12 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.

Assim, como comumente foi observado na média das últimas safras de milho em MT, é esperado que os trabalhos com a colheita passem a ser mais intensificados a partir da segunda quinzena do mês de junho.

Confira os principais destaques do boletim:

• Devido à baixa oferta do milho matogrossense, as cotações no mercado interno exibiram queda de 1,27% e média de R$ 22,55/sc nesta semana.

• As cotações na CME – Group para jul/18 apresentaram baixa de 2,53% e cotação média de US$ 3,95/bu. No mesmo período do ano passado a média semanal estava em US$3,71/bu.

• Nesta semana, tanto fatores internos quanto externos influenciaram na valorização de 2,51% do dólar, apresentando uma cotação média de R$ 3,75/US$.

• A relação frete/milho apresentou baixa de 1,57 p.p. nesta semana, em consequência, principalmente, do recuo do frete de grãos no Estado.

Já adiantada:

O USDA divulgou o novo relatório de acompanhamento da safra 18/19 de milho nos EUA. Após a semeadura ter passado grande parte do tempo em atraso, os trabalhos nesta última semana já apresentam 97% da área estimada, o que representa um adiantamento de 2 p.p. em relação ao que foi visto no mesmo período da safra passada.

No que tange aos maiores estados produtores do país, Iowa e Illinois, já foram reportados 99% e 100%, respectivamente, do total da área semeada. Em relação às condições das lavouras, 78% estão classificadas em boas e excelentes e, com a semeadura próxima do fim, o foco se volta às condições climáticas e o seu comportamento no desenvolvimento das lavouras.

Nesse sentido, na região meio-oeste, onde se concentram os principais estados produtores, a previsão para junho é de clima mais seco e quente, sendo um fator de atenção neste mês.

Fonte: Imea