Uma equipe de cientistas da Rothamsted Research adaptou com sucesso as técnicas genéticas desenvolvidas para o aprimoramento das culturas a serem usadas nas ervas daninhas – permitindo que, pela primeira vez, estudassem diretamente a genética responsável pela resistência a herbicidas. Desde a invenção dos matadores de ervas daninhas, os agricultores foram pegos em uma corrida armamentista interminável com ervas daninhas e consideram que o arsenal está diminuindo.

Escrevendo na revista Plant Physiology, o grupo relatou que eles usaram vírus de plantas para desativar genes de ervas daninhas ou, alternativamente, aumentar a produção de proteínas específicas por plantas daninhas em laboratório. Isso significa que esses pesquisadores agora podem mostrar diretamente que um gene específico é necessário para a resistência a herbicidas, ou então é suficiente para conferi-lo. 

A pesquisadora principal, Dana MacGregor, disse que a pesquisa foi um ‘divisor de águas’ para a genética de plantas daninhas. Seu último estudo se concentra no capim-preto, uma importante erva daninha de cereais e um estudo conjunto anterior envolvendo a Rothamsted, mostrou que o capim-preto resistente a herbicidas pode custar 1 bilhão de libras por ano apenas no Reino Unido.

Embora os pesquisadores tenham identificado genes anteriormente super-representados em populações de capim-preto com resistência a herbicidas, não houve como manipular geneticamente as ervas daninhas. Isso significa que os cientistas não foram capazes de mostrar que os genes que eles identificaram estão envolvidos – ou entender como eles fornecem resistência na planta.

Fonte: Agrolink