O Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR) marcou presença na VI edição do Workshop Sindiavipar, em Foz do Iguaçu, nos últimos dias 7 e 8 de novembro. O evento, que contou com mais de 400 participantes de todo o Estado, teve como objetivo reunir pesquisadores, empresas e entidades do agronegócio, para discutir as práticas e tendências do setor, em áreas como genética, nutrição, sanidade animal e sustentabilidade.

Como parte da programação, o InPAR participou de uma das salas temáticas, dando ênfase para a temática da logística reversa e o trabalho desenvolvido pelo Instituto.

“Muitos empresários ainda não aplicam a logística reversa por não terem conhecimento sobre a legislação específica do tema que pode, inclusive, penalizar aqueles que não cumprem com as determinações impostas. Por isso, participar de um evento como este é mais uma oportunidade que o Instituto tem para mostrar a sua atuação e conscientizar a classe empresarial do setor avícola sobre  a importância de estar atento à logística reversa”, explica o Presidente do InPAR, Rommel Barion.

Sobre a logística reversa

A logística reversa é a ferramenta da Política Nacional de Resíduos Sólidos, implantada por meio da Lei Federal nº 12.305/2010, que atribui ao setor produtivo a responsabilidade de viabilizar meios que possam garantir que os resíduos gerados no ponto de consumo sejam reaproveitados pela cadeia produtiva. Com isso, a intenção é que haja uma diminuição significativa de materiais destinados aos aterros e também da extração de matéria-prima.

Segundo Barion, apesar da legislação não ser tão nova, a implantação ainda é um desafio – principalmente por conta das adequações necessárias na estrutura que envolve todos os processos.

Para os participantes da sala temática, Barion abordou, especificamente, a questão das embalagens de pós-consumo. Segundo ele, todos os aviários produzem insumos que demandam embalagens especiais para chegarem até o consumidor final.

“É esta embalagem que precisa ser estudada. O InPAR pode ajudar essas empresas, cooperativas, e até mesmo produtores, a pensarem em como planejar uma logística reversa eficiente para estas embalagens”, destaca Barion.

Rosany Borba, por exemplo, é coordenadora do Programa de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu que, recentemente, tem trabalhado para implantar e ampliar a coleta seletiva, operada com a participação de uma cooperativa de coletores de lixo reciclável. Na sala temática, ela procurou entender melhor as atualizações acerca da logística reversa e, também, como o InPAR pode ajudar esse projeto a se tornar mais eficiente.

“Foz do Iguaçu não tinha nenhum sistema de coleta seletiva e isso mudou há cerca de um ano. Desde então, temos enfrentado várias dificuldades, principalmente no que diz respeito à cooperativa, que ainda não consegue vender 100% dos produtos que foram coletados, higienizados, enfardados e colocados para comercialização. Por isso, viemos até o evento para compreender como o Instituto pode nos ajudar a tornar esse projeto mais viável, tanto para a Prefeitura, como também para os cooperados, que sobrevivem a partir da venda dos materiais recicláveis”, pontua Rosany.

Depois da explicação de Rommel Barion, a advogada Rafaela Parra apresentou os aspectos legais acerca da logística reversa, reforçando que a discussão não é nova, mas que os desafios para a aplicação prática da lei são grandes.

“Por isso é tão importante conhecermos o trabalho de entidades como o InPAR, que se dedicam para mudar essa realidade e ajudam cooperativas a se estabelecerem e melhorarem as suas condições de trabalho e, também, torna o tema mais acessível e compreensível aos empresários do Paraná”, pontuou.

Fonte: Assessoria de Imprensa