IPPA recua no 2º trimestre e limita avanço da 1ª metade do ano

  • 4 de agosto de 2021
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Influenciado especialmente por quedas nos preços de produtos hortifrutícolas, pecuários e de alguns grãos, o IPPA/Cepea (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) recuou 1,8% no segundo trimestre de 2021 frente ao trimestre anterior, em termos reais, segundo cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

Dados do Cepea mostram que o IPPA-Hortifrutícolas/Cepea caiu fortes 26,1% entre o primeiro e segundo trimestres de 2021, com reduções sendo observadas para todos os produtos acompanhados, com destaque para batata, tomate, banana e uva. No caso da pecuária, o IPPA-Pecuária/Cepea teve queda de 3,3% na mesma comparação, pressionado sobretudo pelas desvalorizações da arroba bovina, dos suínos e do leite. Para o IPPA-Grãos/Cepea, a queda foi de 3,7%. Dentre os produtos considerados neste Índice, destaca-se a desvalorização do arroz.

Já para o IPPA-Cana e Café/Cepea, houve expressiva alta de 21% entre o primeiro e o segundo trimestres de 2021. O índice foi impulsionado principalmente pelas valorizações da cana, mas o preço do café também subiu no período.

1º SEMESTRE – No balanço do primeiro semestre deste ano, o IPPA/Cepea cresceu 11,5% frente ao mesmo período de 2020, em termos reais – essa variação acabou sendo limitada pela queda observada no segundo trimestre de 2021.

Neste caso, o impulso para o semestre veio do IPPA-Grãos/Cepea, que teve alta real de expressivos 25,6%, reflexo das fortes elevações observadas para o algodão (de 24,4%), para o arroz (de 11,5%), para o milho (25,9%) e para a soja (27,9%). O IPPA-Pecuária/Cepea teve aumento de 4,4% no primeiro semestre de 2021 frente ao mesmo período de 2020, sustentado especialmente pelos preços da arroba bovina e do frango.

Já o IPPA-Hortifrutícolas/Cepea recuou 18,2% no primeiro semestre de 2021, com quedas nos preços de todos os produtos acompanhados. O IPPA-Cana e Café/Cepea teve baixa real de 3,5%, reflexo exclusivamente do comportamento dos preços da cana.

Fonte: Cepea