O javali é uma espécie de porco selvagem nativo da Europa, Ásia e do norte da África que chegou à América do Sul no inicio do século 20, trazido para Argentina e Uruguai, de onde foi transportado ilegalmente para o Brasil. Hoje, é considerado uma praga para a agricultura, apontado como um dos responsáveis por perdas nas lavouras de milho e de soja no sul do país.  Do cruzamento do javali com o porco doméstico, surgiu o javaporco, que também se espalhou pelo país. A agressividade, a facilidade de adaptação e ausência de predadores naturais são as principais causas do aumento das populações dessas espécies.

Fora de seu habitat natural, o javali torna-se uma espécie exótica, causando prejuízos tanto para agropecuária quanto para a biodiversidade. Ele encontra na agricultura o seu alimento, principalmente em regiões de fartura de grãos. Dentre os problemas ambientais causados pela espécie invasora, estão os assoreamentos de pequenos rios, erosão e extinção de algumas espécies de flora.

Previna sua propriedade contra os javalis
Os javalis e javaporcos são animais selvagens ou asselvajados capazes de percorrer grandes distâncias atrás de comida e fêmeas no cio. Para manter os  javalis longe das granjas e rebanhos, devemos usar barreiras reforçadas, pois os javalis são muito fortes.

Recomenda-se construir cercas com as seguintes dimensões:
Altura total de um metro e oitenta centímetros (1,8m)

Tela malha 7 e fio de 12mm

A cada 40 cm de altura, usar um fio de sustentação de 5mm

A parte de baixo deve ser reforçada, podendo ser dupla
40cm de mureta de alvenaria ou tela devem ser enterrados para evitar que os javalis cavem por debaixo da cerca

Na parte de cima, colocar três ou quatro fios de arame farpado.
Peste Suína Clássica

Os javalis são vetores de algumas doenças que são prejudiciais aos rebanhos. Uma delas é a peste suína clássica, uma doença transmitida por um vírus que atinge suínos e javalis. O contágio entre os animais pode ser muito rápido e a doença não tem cura. A transmissão da doença se dá através do contato com a saliva ou secreção de animais doentes ou pelo consumo de ração ou água contaminadas. Em seres humanos, se dá pelo contato com animais doentes e contaminação em caminhões que realizaram o transporte de animais doentes.

Alguns dos sintomas percebidos pelo suinocultor são a diminuição do apetite, febre acima de 40ºC, andar cambaleante, manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente atrás das orelhas, entre as pernas e na papada, abortos, mortes de recém nascidos e fetos mumificados e fêmeas com muita repetição de cio.

Prevenção
Para prevenir a Peste Suína Clássica é importante adquirir matrizes e reprodutores apenas com certificação de que o animal não possui nenhuma doença, evitar a entrada de pessoas estranhas na propriedade, ter cuidado no transporte de animais, sempre utilizando a Guia de Trânsito Animal (GTA) e usando caminhões desinfetados. Além disso, é proibido dar restos de comida aos suínos, pois é uma fonte de contaminação aos animais.

Em caso de sintomas ou dúvidas, contate a Cidasc através dos Escritórios Municipais e Departamentos Regionais ou entre em contato através do serviço gratuito de disque denúncia, utilizando o telefone: 0800 643 9300.

Zona Livre de Peste Suína Clássica
Em 2015 nosso estado obteve a Certificação da Organização Mundial de Saúde Animal – OIE como Zona Livre de Peste Suína Clássica, conquista que confirma a excelência de Santa Catarina e a importância da Cidasc no que se refere à Defesa Sanitária Agropecuária no Estado.

Para desenvolver suas ações, a Companhia conta hoje com o apoio de dezenove Departamentos Regionais e mais de duzentos e trinta Escritórios Locais, distribuídos por todo o território catarinense, possibilitando um maior contato entre a Cidasc e o produtor e permitindo um melhor reconhecimento das demandas específicas de cada região.

Fonte: Cidasc