Depois de atingir o pico de intensidade na virada do ano, o fenômeno La Niña deve chegar ao final durante o outono. Apesar disso, os efeitos do evento meteorológico poderão se prolongar pelo inverno. Os meteorologistas divergem sobre as influências do La Niña sobre o regime de chuvas. Luiz Renato Lazinski, do Inmet, projeta chuvas abaixo da média no outono no Sul do Brasil. “Deveremos ter veranico ao longo da safrinha”, alerta. Já o diretor-técnico da Somar, Márcio Custódio, acredita em um padrão mais úmido. “Dois anos semelhantes foram 2012 e 2013, que também tiveram um outono com mais chuva no Sul”, argumenta.

O comportamento das temperaturas é menos divergente. Lazinski vê risco grande de geadas a partir de junho. Custódio também acredita em condições mais favoráveis a quedas de temperatura por influência das águas mais frias do Oceano Pacífico. “O frio mais significativo ficaria entre o Rio Grande do Sul e parte sul do Paraná, não chegando ao oeste do Paraná”, acredita. Lazinski entende que para a faixa mais ao norte do Paraná o principal problema do milho safrinha não será o frio, mas a escassez de chuvas. A tendência para 2018 não é frio constante. Ondas fortes de frio devem se alternar com períodos de temperaturas mais amenas.

O Centro-Oeste não deve enfrentar maiores problemas climáticos durante o outono/inverno. As chuvas devem cessar no início de maio, garantindo a umidade do solo necessária ao enchimento dos grãos do milha safrinha.

Fonte: C.Vale