Faturamento bruto de R$ 1,228 bilhão, resultado líquido de R$ 17,6 milhões, patrimônio líquido de R$ 192,4 milhões, sobras de aproximadamente R$ 2,4 milhões a serem distribuídas aos associados e remuneração do capital do quadro social. Essas foram algumas das boas notícias apresentadas pela Cooperativa Languiru na sua Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada no dia 08 de fevereiro, no Salão Social da Associação dos Funcionários da Languiru, com a participação de mais de 200 pessoas, entre associados, colaboradores, autoridades e representantes de entidades parceiras.

Nas boas-vindas, o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, ressaltou a importância dos associados na tomada de decisões da cooperativa e iniciou a apresentação do Relatório de Atividades do exercício de 2017, detalhando o desempenho dos diferentes setores, perspectivas e estratégias. O vice-presidente Flávio João Walter proferiu a leitura do edital de convocação da AGO.

Aumento da capacidade produtiva

O gerente executivo de indústrias, Fabiano Leonhardt, apresentou o demonstrativo do desempenho técnico para os setores de aves, suínos, leite e rações. Destaque para a evolução da produção nas indústrias e as dificuldades da cadeia produtiva do leite. “A redução da captação de leite demonstra a situação complicada do setor, com muitos produtores desistindo ou mudando de atividade”, explicou Leonhardt, mencionando parcerias da Languiru para a industrialização de leite para terceiros como estratégias para auxiliar na diluição do custo fixo e melhor aproveitamento da capacidade produtiva instalada na Indústria de Laticínios. No que se refere à Fábrica de Rações, enalteceu o expressivo incremento no volume de milho em grão recebido dos associados da cooperativa. “O resumo das indústrias da Languiru apresenta a maior utilização da capacidade produtiva nas quatro unidades”, concluiu.

Desempenho econômico

O demonstrativo do desempenho econômico foi apresentado pelo diretor-administrativo da Languiru, Euclides Andrade, e pela gerente executiva de controladoria, Carla Gregory. Destaque para a diversidade de negócios e ranking dos 67 municípios com associados produtores, além das demonstrações financeiras. “A estrutura diversificada e equilibrada da Languiru garante a estabilidade econômica da cooperativa”, frisou Andrade.

O faturamento bruto do último exercício foi de R$ 1.228.849.052,92, com resultado líquido de R$ 17.685.331,94 e patrimônio líquido de R$ 192.468.078,99. “O ganho de resultado da Languiru é fruto da produtividade de associados e colaboradores, da otimização da capacidade produtiva das unidades industriais, aliado à redução de custo dos insumos, como milho e farelo de soja, que voltaram a patamares normais”, explicou o diretor-administrativo.

Em seguida, auditores da PwC apresentaram o trabalho de auditoria externa independente realizado na análise dos números da Languiru, e o coordenador do Conselho Fiscal, Gilberto Valdir Brune, apresentou parecer quanto às contas do exercício de 2017. “A auditoria auxilia nos processos de gestão, nos dá tranquilidade para trabalhar. Queremos ser auditados e fiscalizados, esse parecer da auditoria externa independente é muito importante”, acrescentou Bayer.

Andrade também apresentou orçamento e plano de atividades para 2018, com a perspectiva de ingresso de receitas e crescimento no resultado líquido. “É um novo desafio que temos pela frente, com investimentos que devem totalizar cerca de R$ 20,6 milhões, especialmente nos frigoríficos e nos supermercados”, enumerou.

R$ 2,4 milhões em sobras

Carla detalhou a proposta da direção quanto à destinação das sobras do exercício aos associados da Languiru, que totalizam mais de R$ 2,4 milhões. “No exercício de 2016 a cooperativa não distribuiu sobras ao quadro social, mas remunerou em 12% o capital social. O valor que cada associado tem a receber varia conforme a movimentação de venda de matéria-prima e compra nas unidades da cooperativa. Além do pagamento da Conta Movimento, a Languiru ainda irá remunerar a conta capital em 7%, o que representa mais de R$ 5 milhões. Somando, são mais de R$ 7 milhões que retornam aos associados, reflexo do bom desempenho da Languiru em 2017”, explicou Bayer, lembrando que o pagamento da Conta Movimento inicia no mês de março, quando a cooperativa também passa a fornecer o informe de rendimentos para declaração do Imposto de Renda dos associados.

Eleição e posse do Conselho Fiscal

Por fim, a comissão eleitoral conduziu o processo de eleição e posse dos membros do Conselho Fiscal, cuja renovação de dois terços ocorre anualmente. Com o registro de apenas uma chapa eleitoral em tempo hábil, a escolha se deu por aclamação.

O Conselho Fiscal da Languiru para a gestão 2018-2019 conta com os conselheiros efetivos Gilberto Valdir Brune, de Linha Clara, município de Teutônia; Merice Brummelhaus Strate, de Linha Boa Vista, município de Teutônia; e Valmir Antônio Rauber, de Linha Picada, município de Arroio do Meio. Os conselheiros fiscais suplentes são Lário Knebel, de Travessão, município de Paverama; Valmor Planthold, de Linha Catarina, município de Teutônia; e Milton Wahlbrinck, de Linha Progresso, município de Imigrante.

Elogios

A ordem do dia da assembleia ainda abriu espaço para outros assuntos de interesse social sem caráter deliberativo e pronunciamentos de autoridades, convidados e associados. Na ocasião, entre outras falas, o diretor-executivo da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Sérgio Feltraco, enalteceu a evolução dos números apresentados. “A Languiru desenvolve um excelente trabalho, fortalecendo o cooperativismo agropecuário gaúcho. Observando a evolução dos resultados das 35 cooperativas que a Fecoagro tem acompanhado, a Languiru é a que teve o maior crescimento. Mesmo diante de todas as dificuldades, teve capacidade de enfrentamento, entregando aos seus associados, donos da cooperativa, um excelente resultado. Isso engrandece o setor”, parabenizou.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colinas, Seno Celso Messer, parabenizou a Languiru pelo desempenho no exercício de 2017 e reafirmou o valor das parcerias. “A Languiru está em crescimento e precisa seguir evoluindo para que os associados também possam crescer”, disse, mencionando parceria do Sindicato com a cooperativa na venda de insumos e implementos e assistência aos produtores rurais de Colinas.

Encerrando a programação, o presidente Dirceu Bayer ainda falou de parceria com a laticínios Tirol, de Santa Catarina, no envase de leite da empresa catarinense na Indústria de Laticínios da Languiru em Teutônia; parceria com a coirmã Cosuel, de Encantado; e apresentou perspectivas quanto à cadeia produtiva do leite e projetos futuros para o setor de carnes. “Em condições normais, sem que o governo importe volumes absurdos de leite em pó de países como o Uruguai e a Argentina, as perspectivas são favoráveis. Aos que puderam suportar as dificuldades, há sinais de dias melhores. A Languiru inicia uma nova fase depois de período turbulento, novas oportunidades estão por vir, somos uma cooperativa forte e com perspectivas inovadoras. Estamos no caminho certo comemorando bons resultados”, concluiu, pregando a união de esforços e a agenda positiva.

Fonte: Cooperativa Languiru