O produtor recebeu, em média, R$1,236 por litro, sem o frete, considerando o leite padrão

A maior concorrência entre os laticínios pela matéria-prima no campo fez o preço do leite pago ao produtor subir.

Considerando a média nacional dos dezoito estados pesquisados pela Scot Consultoria, a alta para o produtor de leite foi de 2,5% no pagamento realizado em janeiro de 2020, que remunera a produção entregue em dezembro de 2019.

O produtor recebeu, em média, R$1,236 por litro, sem o frete, considerando o leite padrão. Já o preço médio com bonificações por qualidade ficou em R$1,621 por litro.

O ritmo menor no crescimento da produção na região Sudeste e Centro-Oeste e o recuo mais forte na captação no Sul do país têm reduzido os estoques nos laticínios e dado sustentação aos preços pagos aos produtores.

Em dezembro/19 o Índice Scot Consultoria de Captação registrou queda de 0,6% na produção (média nacional) em relação ao mês anterior, e os dados parciais de janeiro de 2020 indicam uma queda de 1,2% na comparação mensal.

Para o pagamento a ser realizado em fevereiro/20, referente a produção entregue em janeiro/20, o viés é de manutenção no preço do leite ao produtor, sendo que 80% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em estabilidade das cotações, 15% falam em alta e os 5% restantes estimam queda.

Para o pagamento de março a expectativa é de que o viés de alta ganhe força nas bacias leiteiras no Brasil Central e Centro Sul, ao passo que a pressão de baixa deverá aumentar nos estados do Nordeste.

Pecuária leiteira tem quarto mês de alta

Em relação a igual período do ano passado, o indicador está 6,6% maior

Os custos de produção da atividade leiteira iniciaram o ano em alta.

O indicador calculado pela Scot Consultoria subiu 1,4% em janeiro, frente ao mês anterior. Foi o quarto mês consecutivo de elevação nos custos. Desde o início das altas, o índice subiu 7,3%.

O aumento dos preços dos alimentos energéticos, com destaque para o milho, dos combustíveis e lubrificantes e dos concentrados proteicos, puxaram os custos para cima em janeiro.

Em relação a igual período do ano passado, o indicador está 6,6% maior este ano.

Fonte: Scot Consultoria