Saudabilidade, infinitas opções de cortes e praticidade no preparo são os pontos fortes da carne suína. Sem contar o sabor, claro!

O Nucleovet – Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas reuniu o chef Isaac Felix e o consultor Marcos Bisinella em uma Live repleta de sabor e informações sobre os cortes e o consumo de carne suína. A Live da campanha “Proteína Animal – Do Passado ao Futuro” com o tema: “Carne Suína: Sabor e tradição na mesa!” foi transmitida no dia 17 de novembro, no canal do Nucleovet no Youtube.

No decorrer da Live, mediada pela jornalista Eliana Panty e pelo médico veterinário Denoir Graciolli, associado do Nucleovet, o chef Isaac preparou uma deliciosa costelinha de carne suína ao molho de laranja, exaltando a proteína como uma excelente opção para datas festivas. O chef assinalou a importância de valorizar os produtos regionais. “A carne suína vem se destacando muito, sendo utilizada inclusive na alta gastronomia. Eu gosto de valorizar o que é da nossa terra”, afirmou. Isaac falou sobre transformar o simples e afetividade envolta nos alimentos. “Resgatar e valorizar nossas memórias afetivas relacionadas à comida”.

O chef Isaac Felix tem formação em Chef de Cozinha Internacional, pela Univali / Balneário Camboriú. Estagiou com grandes nomes da cozinha internacionais, como Rolland Villar (Chef Francês da rede Sofitel, na America latina) e Tabata Rainho Bonardi (primeira mulher no mundo a chefiar uma grande cozinha francesa, do Monsieur Paul Bocuse. Atualmente é Cheff de cozinha no Empório Tesser, em Chapecó – SC.

Uma das proteínas mais saudáveis

Engenheiro de Alimentos e consultor em carne suína, Marcos Bisinella, participou da Live do Nucleovet falando sobre a saudabilidade da proteína e a versatilidade na preparação. Destacou a grande quantidade de cortes que valorizam o suíno e ampliam o mercado. “De meia carcaça, chegamos a tirar 60 cortes”.

Num passado recente, a carne suína estava envolvida em muitos mitos no Brasil. Conforme Marcos, a proteína passou por uma revolução graças às pesquisas que constataram as propriedades benéficas do alimento. “Com alto valor proteico, o consumo da carne suína ajuda no controle do colesterol e da pressão alta, por exemplo. É também abundante em vitaminas B6, B12, e outras, necessárias para a manutenção da nossa saúde. Rica em minerais como ferro, selênio, zinco, entre outros, tem o menor teor de sódio e a maior quantidade de potássio quando comparada a outras proteínas animais”, destacou. “Em resumo, é uma das proteínas mais saudáveis do planeta”, afirmou.

Dos mitos ao protagonismo. O Brasil hoje é referência em produção de carne suína no mundo. “Com muitos investimentos em genética, nutrição, conversão alimentar, manejos, entre outros, o país conseguiu a excelência na produção de suínos. Nossos suínos são criados em ambientes adequados, seguindo as normas, e com abates certificados”, apontou.

Apesar de figurar entre os maiores exportadores mundiais de carne suína, o Brasil tem um gigante mercado interno em potencial. Marcos destaca o trabalho de formiguinha da ABCS e associações regionais na evolução do consumo per capita que, saltou de 7, 8 kg habitante/ano em 2012 para 16 kg em 2019. “Logo chegaremos em 17quilos ,  ainda temos muito a crescer, se olharmos as médias nos países que mais consomem carne suína”.

O trabalho do setor deve continuar, afirmou Marcos, desmistificando, melhorando a comunicação com o consumidor, ampliando os cortes, agregando para quem vende. “Os pontos de venda são fundamentais, pois são a vitrine da carne”. Outro desafio é chegar nos restaurantes, que hoje apresentam poucas opções de preparo da carne suína. Exemplo disso é que a pandemia aumentou o consumo de carne suína no Brasil, pois as pessoas passaram a comer menos fora e a comprar a carne para preparar seus alimentos em casa. “A grande vantagem da carne suína é a saudabilidade e o fácil preparo”.

O forte movimento para redução de sódio e outros elementos químicos na formulação de embutidos, deve ampliar ainda mais o apelo saudável da carne suína e aumentar o consumo. “As empresas estão investimento muito em tecnologias para embutidos. Creio que, em menos de dez anos, esses novos produtos cheguem às áreas de vendas”, vislumbrou.

Com relação ao futuro da carne suína, Marcos avalia que os cortes serão porcionados, com menos pessoas manipulando a carne in natura. “Chegará ao consumidor final com qualidade e propriedades nutricionais mantidas, melhorando a segurança alimentar”, afirmou.

Engenheiro de Alimentos, Marcos Bisinella é instrutor de cortes no ITAL/CTC – Instituto de Tecnologia de Alimentos/Centro de Tecnologia de Carnes – Campinas – SP e consultor da ABCS – Associação Brasileira de Carne Suína. Atua com consultoria em cortes suínos, abrangendo inclusive palestras na área de Boas Práticas de Manipulação, Higiene Industrial e afins.

Confira como foi a live:

Fonte: Assessoria de Imprensa