Artigo de Leury Jesus de Souza, consultor de serviços técnicos de suínos na Agroceres Multimix.

É comum o surgimento de recomendações conflitantes no meio científico quando o assunto é manejo alimentar de matrizes suínas na maternidade. Isso se deve ao fato de que o número de trabalhos científicos desenvolvidos para as fases de reposição, gestação e maternidade, representam apenas uma pequena fração dos estudos na nutrição de suínos, mostrando que ainda há muito espaço para explorar nestas categorias, pois, historicamente, o foco principal são as fases de creche, recria e terminação. Essas constantes atualizações geram nos técnicos e produtores a necessidade de se manterem sempre informados sobre o que há de novo em recomendações para estas categorias, todavia focaremos na maternidade.

Além de saber sobre as particularidades relacionadas à linhagem das matrizes, temos diferentes desafios na maternidade: é importante a busca pela redução do catabolismo das matrizes, garantindo que, ao final da lactação, elas não tenham perdido mais do que 10% do peso que estavam durante a lactação, logo após o parto; ainda, devemos considerar que temos diferentes indivíduos dentro do mesmo ambiente, e isso não se restringe apenas nas diferenças, sobretudo de ambiente, que deve-se respeitar para garantir o conforto térmico de matrizes e leitegada, mas também as diferenças entre as matrizes primíparas e multíparas.

Primíparas tendem a consumir menos ração, em comparação às multíparas. Segundo NRC (2012), no primeiro parto a matriz suína tende a consumir 10% menos que a matrizes de segundo ou mais partos. Essa diferença é potencializada negativamente quando consideramos que primíparas, além da demanda para a produção de leite, ainda estão em processo de crescimento e, caso não consumam adequadamente, para atender sua exigência nutricional de mantença e crescimento, terão prejuízos nos próximos ciclos reprodutivos, podendo levar ao descarte precoce.

Considerando que as primíparas consomem menos ração, podemos pensar sobre a importância em fornecer uma dieta direcionada para esta categoria, com níveis de lisina e energia adequados para atender sua exigência. Além disso, buscar, com o manejo adequado, estimular estas fêmeas para que consumam ração e água, suficientes para atender suas demandas.

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