O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Odilson Luiz Ribeiro e Silva, em resposta ao documento entregue no mês de março ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, emitiu uma carta à Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS.

No documento, redigido na última quarta-feira (18), o secretário reforça o comprometimento do Ministério com a suinocultura gaúcha, ressaltando a importância da atividade para a economia brasileira, tanto pela oferta de produtos de qualidade quanto pela significativa geração de empregos. O secretário enumerou as iniciativas do Ministério junto à Rússia, apresentando uma retrospectiva desde a notificação do governo russo, em novembro de 2017, e o início das restrições impostas à importação das carnes suína e bovina, a partir do dia 1º de dezembro de 2017.

Informou ainda que no dia 24 de abril haverá um segundo encontro entre especialistas brasileiros e russos, na cidade de Bruxelas, na Bélgica, com o objetivo de extinguir qualquer dúvida que ainda possa existir em relação às medidas adotadas pelo Mapa quanto ao uso da ractopamina.

O documento cita uma carta assinada pelo ministro Blairo Maggi e dirigida ao ministro da Agricultura da Rússia, Aleksandr Nikolayevich Tkachov, na qual esclarece a questão detalhadamente e se coloca à disposição para buscar uma solução rápida para o embargo. “Dentro as ações que o Mapa vem desenvolvendo, cabe mencionar a intensiva atuação da Adidância Agrícola na Embaixada do Brasil em Moscou junto ao Governo russo para a solução da questão e a retomada das exportações de carnes”, frisa o secretário.

Para finalizar, complementa que, diante do contexto, o Ministério aguarda uma reação positiva por parte da Rússia em relação à retomada das exportações de carne suína para o país.

O pedido ao Mapa

No documento entregue pela ACSURS ao Mapa, durante uma reunião entre o ministro com líderes rurais e representantes dos produtores gaúchos em Não-Me-Toque (RS), foram apresentadas as dificuldades dos suinocultores devido à queda do preço pago pelo suíno após o embargo russo. ‘‘Em função do embargo russo, existe até esta data (07/03/2018) uma diminuição no preço do suíno vivo de R$ 1,22 ao quilo. Além disso, os custos de produção como milho e farelo de soja não param de subir, fazendo com que o produtor trabalhe no vermelho’’, afirmou a entidade no documento.

Do encontro com o ministro participaram o presidente da ACSURS, Valdecir Luis Folador, vices Mauro Gobbi e Jean Fontana, e Edson Zancanaro, conselheiro fiscal da entidade. “Os produtores necessitam, com urgência, que a questão do embargo se resolva e que as exportações à Rússia sejam retomadas”, destaca Folador.

Fonte: ACSURS