A Marfrig Global Foods, uma das líderes mundiais em carne bovina, acaba de apresentar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seu resultado fiscal referente ao terceiro trimestre de 2018. Os resultados informados estão em base proforma.

No terceiro trimestre deste ano, a companhia registrou recorde histórico em receita líquida — 11 bilhões de reais, um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento expressivo do faturamento é consequência, sobretudo, do aumento do volume de abates na operação América do Sul, que compreende Brasil, Argentina, Uruguai e Chile, e da desvalorização do real frente ao dólar.

O Ebitda (lucro antes de impostos, amortizações, depreciações e juros) ajustado também foi recorde. Atingiu 1,1 bilhão de reais — aumento de 23% — com margem de 9,7%. O número é reflexo, entre outros fatores, do ciclo positivo do gado na América do Norte, onde a Marfrig controla a National Beef, e do perfil altamente internacionalizado dos resultados da companhia.

O forte desempenho operacional e a menor utilização de capital de giro resultaram em um fluxo de caixa livre positivo em 271 milhões de reais. O fluxo de caixa operacional, por sua vez, foi de 804 milhões de reais. “Os números do trimestre mostram uma evidente evolução de todos os nossos indicadores financeiros”, diz Eduardo Miron, presidente executivo da Marfrig Global Foods. “Eles mostram que a companhia está no caminho certo.”

Outro destaque do trimestre é a queda do índice de alavancagem, alcançado graças a movimentos estratégicos promovidos pela Marfrig em 2018. Em 20 de agosto, a empresa anunciou a venda de sua subsidiária americana Keystone Foods. Considerando-se os recursos obtidos com a operação, o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado proforma dos últimos 12 meses, chegou a 2,57 vezes. Tal patamar demonstra a contínua disciplina financeira da companhia — no segundo trimestre de 2018, a alavancagem foi substancialmente superior, de 4,19 vezes. A operação de venda da Keystone já recebeu aprovação do BNDESpar, acionista da Marfrig, e das autoridades regulatórias dos Estados Unidos, China e Japão. A expectativa é que a última aprovação necessária à concretização do negócio — a ser dada pelas autoridades da Coreia do Sul — ocorra até o final deste ano.

O resultado líquido da Operação Continuada — que excluem os números da Keystone — no trimestre foi negativo em 126 milhões de reais. Trata-se de uma redução em relação ao prejuízo proforma registrado no segundo trimestre deste ano, que foi de 183 milhões de reais. “A variação cambial de cerca de 10% ocorrida neste trimestre e os custos extraordinários relativos à compra da National Beef influenciaram esse resultado”, diz Miron. “São circunstâncias excepcionais, principalmente se consideramos que os custos de aquisição serão eliminados com o recebimento dos recursos referentes à venda da Keystone.”

Nova Organização

Em setembro, após a concretização da compra da National Beef e o anúncio de venda da Keystone, a Marfrig foi organizada em duas grandes operações: América do Sul e América do Norte. Com isso, a Marfrig se tornou a segunda maior empresa global de carne bovina em capacidade, com uma operação fortemente internacionalizada, formada por 22 unidades de abate de bovinos, uma de abate de cordeiros, oito unidades de processamento, oito centros de distribuição e escritórios comerciais localizados na América do Sul, na América do Norte e na Ásia, e presença comercial em mais de 100 países.

Essa configuração do modelo de negócios fez com que 89% da receita total do terceiro trimestre estivessem atreladas a moedas estrangeiras. O faturamento líquido da Operação América do Norte, liderada pelo executivo Tim Klein, foi de 7,5 bilhões de reais no trimestre. A Operação América do Sul, comandada por Miguel Gularte, registrou uma receita líquida de 3,6 bilhões de reais.

Fonte: Assessoria de Imprensa