Nos primeiros 14 dias úteis de abril, as exportações brasileiras de carne de frango in natura tiveram ritmo menos intenso quando comparado ao registrado em março. Apesar disso, o movimento de alta nos preços da proteína no mercado interno segue firme, uma vez que a produção está ajustada, mantendo limitada a disponibilidade doméstica.

Os dados parciais da Secex indicam que, de março para abril, a média diária de embarques se reduziu 12,2%, passando de 16,7 mil toneladas para 14,7 mil toneladas na parcial deste mês. Mesmo com essa diminuição, esse volume é o segundo maior do ano, atrás apenas justamente do de março. Caso o ritmo atual de embarques se mantenha até ao final de abril, as exportações da proteína in natura devem totalizar 308,3 mil toneladas, queda de 3% frente a março, mas alta de expressivos 31% em relação a abril/18, quando o volume registrado foi o segundo menor de 2018.

Quanto ao preço pago pela carne exportada pelo Brasil, houve ligeiro recuo no comparativo com março. Enquanto no mês passado a cotação era de US$ 1.606,86/t, na parcial de abril, este valor passou para US$ 1.596,76/t, 0,6% inferior.

Apesar de as exportações estarem aquecidas e trazendo expectativas positivas aos agentes do setor, o desempenho no primeiro trimestre foi inferior ao do mesmo período do ano passado. Nos três primeiros meses de 2019, foram exportadas 868,2 mil t de carne de frango in natura, queda de 8,1% em relação ao primeiro trimestre de 2018, quando o volume exportado foi de 944,7 mil t. Dessa forma, a produção mais ajustada da indústria tem contribuído para que os valores da proteína se sustentem em patamares mais altos.

Na parcial do mês (até o dia 24), o frango inteiro congelado, negociado no atacado da Grande São Paulo, registra média de R$ 4,67/kg, alta de 4,8% frente ao mês anterior e de expressivos 58,9% em relação a abril/18, em termos nominais. Para o produto resfriado, os negócios tiveram média de R$ 4,68/kg na parcial deste mês, altas de 4,5% e de 61,5%, na mesma comparação. INSUMO – Segundo levantamento da Equipe Grãos/Cepea, a retração de compradores de milho e de farelo de soja vem pressionando com força os valores domésticos na parcial do mês (até o dia 24).

O preço do farelo de soja na região de Campinas (SP) recuou 3,2% frente a março, com o derivado negociado na média de R$ 1.134,74/tonelada. No mercado de milho, a saca de 60 kg apresenta média de R$ 36,13 na praça paulista, desvalorização de 7,3% em relação ao mês anterior.

 

Fonte: Cepea