O mercado da soja opera em queda nesta manhã de segunda-feira (10) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta de 7h40 (horário de Brasília), perdiam de 3,75 a 6,50 pontos nos principais vencimentos, com o janeiro valendo US$ 13,95 e o maio a US$ 14,14 por bushel.

Embora os traders retomem os negócios nesta nova semana ainda de olho no clima da América do Sul, devolvem parte dos últimos ganhos, realizando lucros e se preparando para dias de novos boletins de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), com ambos podendo mexer nos números da safra 2021/22.

À espera das mudanças, o mercado busca estar menos exposto e por isso opta pelas correções e pelo fôlego tomado antes dos novos dados. E as expectativas do mercado são de que haja uma correção para baixo entre as estimativas das safras sul-americanas.

“É o clima seco na América do Sul que está direcionando o mercado. As adversidades estão reduzindo os índices de produtividade”, explica um analista de mercado à Reuters Internacional.

E o final de semana foi de tempo quente e seco no sul do Brasil e na Argentina. “As previsões do GFS da tarde deste domingo (9), para os próximos 10 dias, não indicam chuvas para Argentina e também para o Paraguay. Para o Sul do Brasil as chuvas são limitadas ao extremo Sul do Rio Grande do Sul, centro e leste de Santa Catarina e também centro e leste do Paraná. As altas temperaturas irão prevalecer, em especial para a Argentina, onde ultrapassarão os 40 graus em algumas regiões”, explica Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.

Ainda segundo o executivo, com a manutenção da volatilidade imposta pelo mercado climático, os dias deverão ser agitados e “novas altas podem ser verificadas, os preços para o contrato de soja março podem testar os US$ 14,30/ US$ 14,40, mas correções com tomadas de lucros também podem ser verificadas”.

Fonte: Notícias Agrícolas