O mercado de milho continua travado em todo o país, devido à diferença de preços entre vendedor e comprador. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, enquanto Mato Grosso acelera vendas de exportação para liberar armazéns, o Sul continua retraído.

“Em SP o relatório da XP Agro registra que o mercado está sem volume nesta véspera de feriado. Granjas e Indústrias que precisavam fazer o ‘colchão’ para os próximos dias já realizaram suas compras e, agora, o que existe são negócios pontuais, para remediar os ‘atrasados’. Intermediários e Silos se aproveitam destes para elevar os preços e consolidam negócios acima dos níveis, embora o volume seja baixo”, explica.

Segundo o analista, existe um repentino avanço do lineup para novembro, confirmado, também, por informantes do Centro-Oeste do país que consolidaram boas vendas para exportação. Nesta quarta-feira (14.11), a soma dos lineup’s de milho está em 4,36 MT (+0,30 MT dia), enquanto a da soja está em 5,40 (+0,36 MT).

“Caso o embarque de milho seja confirmado, teremos um acréscimo de 36,2% ao mês ou +1,36 MT e este será, então, o maior volume há mais de um ano (desde Out/17). A média captada pela XP Investimentos está em R$ 36,52/sc, valorização de R$ 0,12/sc no dia. Nos portos, as indicações para Nov/18 e Dez/18 se mantiveram em R$ 36,00/sc e R$ 38,00/sc, respectivamente”, informa.

No Sul do País, entretanto, o produtor está recolhido, concentrado mais na colheita do trigo e também no fim do plantio de soja e de milho verão. Além disso, a diferença de preços entre as pontas compradora e vendedora na Serra Gaúcha trava a comercialização.

 

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems