O Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (Pdpl) – iniciativa de desenvolvimento profissional de alunos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), criada e implantada pela Nestlé na cidade mineira – está completando 30 anos. O Pdpl tem como foco estudantes dos cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia e Engenharia Agronômica, além das fazendas leiteiras da região de Viçosa.

Iniciado em 1988, o programa nasceu de uma lacuna identificada pela Universidade Federal de Viçosa, com o objetivo de oferecer assistência técnica aos produtores da região e oferecer oportunidades de profissionalização aos estudantes locais. Em linha com seu propósito de melhorar a qualidade de vida e contribuir para um futuro mais saudável, a Nestlé desenhou, em parceria com a UFV, uma aliança que potencializasse a capacitação de jovens em temas ligados à produção leiteira, para que pudessem contribuir com o desenvolvimento da economia local e do próprio setor.

De acordo com a coordenadora de Milk Sourcing da Nestlé e ex-participante do Pdpl, Barbara Sollero, o programa foi criado para capacitar os estudantes da graduação por meio da vivência em propriedades rurais que recebem assistência técnica e gerencial, com foco no incremento da produtividade e da rentabilidade da produção leiteira. Segundo ela, um dos pontos mais interessantes do programa é que a Nestlé contribui para o desenvolvimento local, mesmo sem atuação direta na região, e oferece a oportunidade de treinar e capacitar jovens, além de auxiliar diretamente os produtores para aumentar a qualidade do leite e melhorar a sua margem. “Para os jovens, é uma oportunidade de conviver com situações reais do dia a dia de trabalho, após um processo de treinamento em diversas áreas da pecuária leiteira. Já para os produtores, é a possibilidade de ampliar a produtividade e a rentabilidade”, destaca a coordenadora.

Na prática, o Pdpl funciona como um estágio, em que os estudantes têm contato direto com o ambiente das fazendas e treinamento profissional em todas as áreas de extensão da pecuária do leite (agronômica, zootécnica, veterinária e administrativa). A capacitação pode ser realizada durante o período letivo, ou no período de férias, e o número de vagas varia conforme a turma. O programa tem caráter educativo e de utilidade pública, uma vez que difunde conhecimentos tecnológicos na otimização da administração de fazendas de produção de leite, desde a administração rural, prevenção e cura de doenças, melhoramento genético, reprodução, melhoria na qualidade do leite e redução de custos, entre outros.

O jovem Rodrigo Magalhães Viana, estudante da UFV e participante do programa, vê na prática os resultados. “A equipe técnica, bem capacitada e treinada também pelo programa, consegue transformar jovens no melhor que eles podem ser: mais humanos, responsáveis, humildes, que gostam do que fazem e extremamente competentes. Pergunte a qualquer um dos mais de 2.000 egressos do programa e vão dizer que não existe ex-Pdpl, porque os preceitos adquiridos durante o programa são levados por toda vida. O desafio do agronegócio brasileiro é grande, e iniciativas como essa auxiliam quem vive da terra a obter melhores resultados”, comenta.

Resultados do projeto
Desde o início, mais de 2 mil estudantes foram capacitados via Pdpl e a taxa de empregabilidade logo após a graduação desses estudantes é de mais de 90% – muitos dos estudantes que saíram do programa hoje ocupam posições estratégicas no setor lácteo brasileiro. Atualmente, dez profissionais que passaram pelo programa compõem o time de Milk Sourcing da Nestlé, com quatro deles em posições de gestão.

Ao longo desse período, 200 famílias produtoras de leite foram atendidas e beneficiadas com conhecimento e incremento tecnológico oferecidos pelo programa, que impactaram positivamente na produtividade, rentabilidade e qualidade de vida. A produtividade dessas famílias aumentou em média dez vezes, passando de 110 para 1.000 litros de leite produzidos por dia, desde o início do programa. Além disso, o PDPL possui uma Central de Inteligência que apoia técnicos de todo o Brasil, contribuindo para melhores resultados em diferentes regiões.

O convênio entre Nestlé e UFV é um exemplo de sucesso de interação entre universidade e empresa na formação de especialistas em pecuária leiteira no Brasil. “Foi possível notar uma evolução explícita na região, na vida dessas famílias e dos estudantes. A interação entre produtor e universitário permite uma enorme troca de experiências e a ampliação do conhecimento e valor compartilhado”, explica Barbara, da Milk Sourcing da Nestlé.

Sobre a Nestlé
É a maior empresa de alimentos e bebidas do mundo. Está presente em 189 países e seus 328 mil colaboradores estão comprometidos com o propósito da Nestlé de melhorar a qualidade de vida e contribuir para um futuro mais saudável. A Nestlé oferece um amplo portfólio de produtos e serviços para cada etapa de vida das pessoas e de seus animais de estimação. Suas mais de 2000 marcas variam dos ícones globais como Nescafé ou Nespresso aos favoritos locais como Ninho.

O desempenho da empresa é impulsionado por sua estratégia de Nutrição, Saúde e Bem-Estar. Sua Sede fica na cidade suíça de Vevey, onde foi fundada há mais de 150 anos. No Brasil, instalou a primeira fábrica em 1921, na cidade paulista de Araras, para a produção do leite condensado Milkmaid, que mais tarde seria conhecido como Leite Moça.

A empresa tem 31 unidades industriais, localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio de Janeiro, Rio G rande do Sul e Espírito Santo. Emprega mais de 20 mil colaboradores diretos e gera outros 200 mil empregos indiretos, que colaboram na fabricação, comercialização e distribuição de mais de 1.000 itens. A atuação da Nestlé Brasil abrange 15 segmentos de mercado e suas empresas coligadas estão presentes em 99% dos lares brasileiros, segundo pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel.

Sobre a Universidade Federal de Viçosa
A Universidade Federal de Viçosa (UFV) é uma das mais antigas instituições de ensino superior do Brasil. Inaugurada em 1926 como Escola Superior de Agricultura e Veterinária (Esav), foi transformada em Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (Uremg), em 1948, e federalizada, como UFV, em 1969. Além do campus localizado na cidade de Viçosa, a Universidade possui, desde 2006, os campi UFV – Florestal e UFV – Rio Paranaíba, localizados em Florestal (MG) e em Rio Paranaíba (MG), respectivamente. A UFV oferece ensinos médio e técnico, cursos de graduação e programas de pós-graduação nos seus três campi, nos quais estão matriculados mais de 20 mil estudantes. No total, a Universidade já graduou mais de 60 mil profissionais e orientou a defesa de mais de 12 mil dissertações de mestrado e quatro mil teses de doutorado.

A UFV é destaque em rankings educacionais do país e do mundo: já esteve três vezes entre as 10 0 melhores instituições de ensino superior do mundo na área das Ciências Agrárias e Florestais, de acordo com o QS World University Rankings, e entre as melhores de Minas Gerais, segundo o ranking da Times Higher Education e o Brics & Emerging Economies. O desempenho dos estudantes do Colégio de Aplicação (CAp-Coluni) também foi considerado, por sete vezes consecutivas, o melhor, entre as escolas públicas do país, no Exame Nacional de Educação do Ensino Médio (Enem), além do curso de Medicina, avaliado com conceito máximo pelo Inep em 2017.

Fonte: Universidade Federal de Viçosa (UFV)