“O volume de milho atingiu um recorde de mais de 21 milhões de toneladas para exportação”

A Argentina está se consolidando como um concorrente cada vez maior do Brasil em milho, segundo os analistas da T&F Consultoria Agroeconômica. O rápido avanço da safra de milho aumentou os estoques comerciais, atingindo, em julho, um recorde histórico, segundo o Informe Semanal da BCR desta sexta-feira.

“O volume de milho, registrado nos registros da NABSA, atingiu um recorde de mais de 21 milhões de toneladas para exportação entre março e julho, superando os embarques para o mesmo período do ano passado em 12%. Apesar disso, dados oficiais mostram que os estoques físicos em plantas comerciais (estoques, indústria e exportações) aumentaram consideravelmente desde o início da safra, permanecendo desde abril acima de 12 milhões de toneladas. Além disso, tanto em abril quanto em maio mais que dobraram os registros de exportação em relação aos anos anteriores; para o mês de julho houve o maior volume da série apresentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca (MAGyP) quase 14 milhões de toneladas”, comentam.

Ao mesmo tempo, o volume de comercialização de grãos da atual temporada está bem avançado. “De acordo com a MAGyP, no final de junho a indústria e a exportação compraram 32,7 milhões de toneladas de milho, um recorde de todos os tempos para esta altura do ano comercial e 2 milhões de toneladas acima dos recordes no mesmo patamar do ano passado. Com isso, a disponibilidade de grãos está mais apertada este ano, mesmo apesar do bom desempenho produtivo”, completam.

O fechamento do milho no mercado futuro da B3, em São Paulo, voltou a ser de forte alta, nesta sexta-feira o que, como sempre dizemos, é significativo. As cotações do mercado físico continuaram a subir, confirmando o viés de alta que veio com a constatação de estoques finais menores, pela Conab.

Fonte: Agrolink