Segundo vencimento, julho/21, encosta nos R$ 100,00

A quarta-feira (14) começa com os preços futuros do milho mantendo a tendência altista na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,45% e 0,76% por volta das 09h14 (horário de Brasília).

O vencimento maio/21 era cotado à R$ 104,37 com ganho de 0,45%, o julho/21 valia R$ 99,93 com alta de 0,58%, o setembro/21 era negociado por R$ 94,59 com elevação de 0,68% e o novembro/21 tinha valor de R$ 95,60 com valorização de 0,76%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado segue firme porque a primeira safra foi menor do que a demanda (consumo de 35 milhões de toneladas no primeiro semestre para uma colheita de 23 milhões) e já não tínhamos grandes estoques.

“Estamos vendo a B3 acima dos R$ 100,00 e isso vai estrangulando alguns setores como o setor do ovo e do suíno independente que estão sofrendo com isso. O pouco milho que tem disponível está na mão de produtores capitalizados e que seguram o milho para ver”, pontua o analista.

Brandalizze acrescenta que, para o segundo semestre, a B3 também segue em alta como reflexo do temor da safrinha. “Temos entre 60 e 70% plantado depois da janela ideal e em um período de risco. Agora começam a aparecer regiões sem chuvas e as perdas são bem rápidas. Isso reflete no mercado e manda para cima”

Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também abre a quarta-feira estendendo os ganhos para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 5,75 e 9,00 pontos por volta das 09h05 (horário de Brasília).

O vencimento maio/21 era cotado à US$ 5,89 com valorização de 9,00 pontos, o julho/21 valia US$ 5,74 com elevação de 8,25 pontos, o setembro/21 era negociado por US$ 5,24 com ganho de 6,25 pontos e o dezembro/21 tinha valor de US$ 5,10 com alta de 5,75 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho estão caminhando para um ganho de 1% a 1,5% esta manhã, já que as preocupações com o clima seco sugerem que a produção de 2021 pode ser prejudicada pelos níveis de umidade do solo esgotados. A demanda chinesa e o aumento da produção brasileira de etanol de milho também apoiaram os ganhos do complexo de milho durante a noite.

Para o analista da Farm Futures, Bryce Knorr, os mercados não ficaram impressionados com a última atualização do USDA sobre os ritmos de plantio de milho dos EUA na segunda-feira, o que elevou os preços futuros no pregão de ontem. E em um ano de redução dos estoques, os ritmos de plantio são incrivelmente importantes, escreve .

“Um início lento do plantio levantaria questões sobre se os agricultores serão capazes de aumentar a área plantada além das intenções que o USDA publicou no final de março. E o ritmo de semeadura também pode se tornar importante quando os traders começarem a fazer suposições antecipadas sobre os rendimentos, especialmente para o milho”, explica Knorr.

Fonte: Notícias Agrícolas