Conforme avança a colheita da segunda safra 2016/2017, aumentam as especulações sobre os preços do cereal no mercado interno. A preocupação é com a falta de armazéns para colocar a produção que está sendo colhida, principalmente no Centro-Oeste. O ritmo mais lento de comercialização da soja na temporada 2016/2017 colaborou com este quadro, já que um volume maior do grão continua armazenado. Com relação aos preços do milho, a pressão de baixa é maior no Brasil Central. Na média das praças pesquisadas na região, houve recuo de 8,5% em junho, em relação ao mês anterior. Em Campinas-SP, segundo levantamento da Scot Consultoria, a referência no mercado físico está em R$26,00 por saca de 60 quilos, sem o frete, para entrega imediata.

Os preços andaram praticamente de lado em junho na região, em função da baixa movimentação e mercado travado com a ponta vendedora retraída nos atuais patamares de preços. A expectativa é de que permaneça o viés de baixa sobre os preços em curto e médio prazos, com o aumento da disponibilidade do cereal (safra) e baixa liquidez. Por fim, atenção as exportações. A expectativa é de aumento dos embarques brasileiros no segundo semestre, considerando as quedas de preços no mercado interno e possibilidade de cotações mais firmes nos Estados Unidos (período de entressafra). Vai depender também do câmbio. A maior movimentação para exportação, se confirmada, poderá ser um fator de sustentação para os preços no mercado do milho.

Fonte: Scot Consultoria