Chicago começa o dia subindo de olho na seca da América do Sul

A terça-feira (04) começa com os preços futuros do milho estendendo os ganhos obtidos no pregão de ontem da Bolsa Brasileira (B3). As principias cotações retomaram patamares entre R$ 88,00 e R$ 95,00 entre 10h21 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/22 era cotado à R$ 92,67 com elevação de 1,65%, o março/22 valia R$ 95,94 com alta de 1,43%, o maio/22 era negociado por R$ 91,10 com valorização de 1,90% e o julho/22 tinha valor de R$ 88,94 com ganho de 1,41%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado vai firme, com o comprador presente no mercado, mas ainda sem muitos negócios acontecendo porque os preços já estão perto do limite.

“Hoje se a indústria precisar importar esse milho chega aqui na faixa dos R$ 103,00 a saca, então já estamos perto do topo no Rio Grande do Sul. As melhores lavouras no Noroeste tem perdas de 35 a 40% e existem muitas lavouras com perdas médias de 60%, áreas que deveriam colher 150 sacas ficando com 60 70 sacas e é difícil algum produtor falar que está colhendo mais de 100 sacas por hectare”, aponta Brandalizze.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) volta a começar um dia em alta, após perder força ontem para os preços internacionais do milho futuro. A terça-feira trazia flutuações altistas por volta das 10h14 (horário de Brasília).

O vencimento março/22 era cotado à US$ 5,94 com valorização de 5,00 pontos, o maio/22 valia US$ 5,95 com ganho de 4,50 pontos, o julho/22 era negociado por US$ 5,93 com alta de 3,75 pontos e o setembro/22 tinha valor de US$ 5,64 com elevação de 2,00 pontos.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho em Chicago ganharam espaço na terça-feira, já que os preços foram sustentados por previsões de tempo seco na América do Sul, que podem prejudicar os rendimentos das lavouras.

Os déficits de umidade podem se expandir e afetar mais da metade das safras de milho e soja na próxima semana, disse o Commodity Weather Group em uma nota replicada pela Reuters Singapura.

Por outro lado, a publicação destaca que, os ganhos nos contratos futuros de milho foram limitados pelas decepcionantes inspeções de exportação semanais dos Estados Unidos. Os exportadores dos EUA embarcaram 596.092 toneladas de milho na semana passada, queda de 45% em relação à média das quatro semanas anteriores e no limite inferior das expectativas dos analistas.

Fonte: Notícias Agrícolas com adaptações Suino.com