Chicago se desvaloriza após relatórios do USDA

A Bolsa Brasileira (B3) registra leves ganhos para os preços futuros do milho nesta quarta-feira (13). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,10% e 0,86% por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,25 com alta de 0,10%, o julho/20 valia R$ 46,96 com elevação de 0,13%, o setembro/20 era negociado por R$ 45,69 com valorização de 0,86% e o novembro/20 tinha valor de R$ 48,21 com ganho de 0,84%.

Conforme aponta a Agrifatto Consultoria em sua nota diária, após mais de 40 dias o contrato do milho com vencimento para maio voltou a ser negociado acima dos R$ 50,00/SC. “A proximidade do encerramento do contrato em conjunto com um mercado físico demonstrando sustentação neste patamar, tem dado suporte aos negócios. No mês a alta observada para o vencimento maio já chega a 6,19%”.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) segue operando em queda para os preços internacionais do milho futuro nesta quarta-feira (13). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 3,00 e 4,25 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,20 com baixa de 3 pontos, o julho/20 valia US$ 3,18 com desvalorização de 4,25 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,22 com perda de 3,50 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,32 com queda de 3,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho em Chicago caíram influenciados pelos futuros da gasolina, bem como com as estimativas de oferta crescente dos relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de ontem.

“As previsões do USDA para 2020/21 ofuscaram a oferta agrícola mais antiga em face da demanda reduzida ontem. Com a projeção de novas safras projetadas em 3,32 bilhões de bushels (84,328 milhões de toneladas) em uma safra grande e estimativas de uso muito otimistas, os baixos preços do milho podem estar aqui para ficar”, aponta a analista Jacqueline Holland.

Agora o mercado aguarda as estimativas de produção de etanol serão divulgadas hoje pela EIA. A publicação destaca que o USDA reduziu sua estimativa de produção de etanol 2019/20 em 2,0%, para 13,4 bilhões de galões. Mas as perspectivas para 2020/21 parecem mais satisfatórias, com 14,0 bilhões de galões de produção anual previstos quando a demanda de energia retornar aos níveis normais após a pandemia de COVID-19.

“O relatório de hoje provavelmente aumentará a força da semana passada, depois que a produção de etanol aumentou 11,4% em relação à semana anterior, para 23,1 milhões de galões produzidos por dia. A demanda por gasolina voltou aos níveis do final de março, mas permanece quase um terço menor que o volume pré-pandêmico”, diz Holland.

Fonte: Notícias Agrícolas