Além disso, Santa Catarina terá uma safra de verão 12,7% menor

De acordo com a TF Agroeconômica, o estado do Paraná terá uma safra de milho 3,5% menor do que no ano passado. “O Paraná apresenta, nesta primeira safra, uma redução de cerca de 5,4 por cento em sua área de plantio, causada, principalmente, pela concorrência direta da soja com o milho no estado, e por aumentos no custo de produção”, comenta.

“Segundo o Deral/PR, os custos para o produtor subiram de R$ 34,64 por saca na safra 19/20 para R$ 38,47 na safra 20/21, o que foi liderado por aumentos na semente (de R$ 823,00 por hectare para R$ 946,00) e fertilizantes (de R$ 1.139,00 para R$1.405,00/ha). Em relação ao clima, o estado apresentou diferenças significativas em sua fase de plantio: a chuva ao longo da primavera aumentou progressivamente conforme a estação se consolidava, porém foram vistos períodos de vários dias sem chuva. O que predominou, no entanto, foi uma seca intensa, que inclusive esvaziou reservatórios de água e preocupou, em especial, os habitantes da região metropolitana de Curitiba”, completa.

Além disso, Santa Catarina terá uma safra de verão 12,7% menor e um déficit de 3,58 milhões de toneladas. “O estado de Santa Catarina, de forma geral, apresentou chuvas abaixo da média desde o final de outono, avançando pelo início da primavera. A seca foi severa e perdurou entre os meses de junho e novembro de 2020, quando o estado passou a receber chuvas consideráveis, porém geograficamente espaçadas. Alguns estudos meteorológicos atribuem ao fenômeno a pior estiagem que atingiu o estado desde 1957”, indica.

“Para a cultura do milho, o impacto foi maior no oeste catarinense, em áreas que há plantio intenso de milho silagem, o que deve resultar em uma perda de até 30%. No milho grão, situação parecida: o plantio, que ocorreu no oeste e extremo oeste em setembro, deve apresentar perdas na ordem de 20%”, conclui.

Fonte: Agrolink