De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), até o dia 18 de junho, o Paraná colheu 1,0% da área semeada com milho de segunda safra (2017/18). No Mato Grosso, a colheita atingiu 6,2% até o dia 15, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O avanço da colheita nas principais regiões produtoras e a maior disponibilidade interna têm pressionado as cotações para baixo neste momento pós-greve. Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos, que chegou a ser negociada em R$ 44 ao final de maio, durante a greve dos caminhoneiros, está cotada em R$ 39, sem o frete. Além da pressão provocada pela safra, os negócios estão devagar em função da indefinição com relação ao tabelamento do frete rodoviário. Dessa forma, para o curto prazo, a expectativa é de preços frouxos.

Na B3, os contratos futuros de milho caíram ao longo da primeira quinzena de junho. O piso de preço está sendo sinalizado para setembro/18, com a saca de 60 quilos cotada em R$ 36,50 em Campinas-SP (21/6). Isto significa uma queda de 6,4% até setembro, considerando os preços vigentes. Para o consumidor, a sugestão é aproveitar esse quadro em curto prazo, aproveitando os preços relativamente baixos.

A partir de agosto/setembro, com a maior disponibilidade interna, as exportações historicamente ganham força. Este ano, não deverá ser diferente, principalmente, com um câmbio favorável aos embarques. Ou seja, podemos assistir a uma retomada da sustentação das cotações do milho em médio prazo, no caso, puxada pela demanda para exportação.

Fonte: Scot Consultoria