Um dos motivos é a pouca disponibilidade da safra atual

O mercado de milho na B3 de São Paulo fechou novamente em alta na quarta-feira, adicionando mais às altas dos dois primeiros dias desta semana, novamente impulsionados pela forte alta de Chicago, embora limitados pela queda do dólar. As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica.

“Com isto, a cotação de março fechou em alta de R$ 0,31 no dia a R$ 8862; a de maio avançou R$ 0,35 no dia para R$ 88,63 e a de julho avançou R$ 0,62 no dia para R$ 83,07. “Nunca tivemos nenhuma dúvida do viés de alta do milho no primeiro semestre de 2021. Mesmo com o aumento da disponibilidade nos estados do Sul, com a colheita da safra de verão e dos washouts feitos com alguns lotes de exportação do RS, que estão fazendo as cotações andarem de lado em fevereiro, como mostra nosso gráfico ao lado, os fundamentos de longo prazo estejam ainda indicando viés de alta”, completa.

Um dos motivos é a pouca disponibilidade da safra atual, mesmo considerando a entrada da safra de verão nos estados do Sul, seguida pela previsão de redução de área para esta safra, embora tenha havido aumento de produção devido à ocorrência de chuvas de última hora e pelo aumento da demanda interna com o aumento das exportações de franco (36,7%) e de suínos (40%).

“Todos os produtos concorrentes do milho (farelo de soja, farelo de milho e o próprio trigo) continuam com preços muito elevados e também com viés de alta para o primeiro semestre de 2021. O único movimento contrário é o próprio nível do preço, que começa a fincar insustentável para os consumidores finais, principalmente de ovos e leite, que não podem repassar os ganhos cambiais das carnes”, indica.

Fonte: Agrolink