A pesquisa diária do Cepea registrou nesta quarta-feira (19.12) nova queda de 0,11% na média dos preços em Campinas, que ficou em R$ 36,16/saca, elevando as perdas do mercado físico na sua principal praça de referência em 1,58%. Já no mercado futuro da B3, mais nervoso e mais arisco, a média dos preços subiu 0,48% para R$ 37,99/saca, elevando pela primeira vez no mês a média para o território positivo em 0,48%.

“Um fator adicional, além da proximidade do fim do ano, tem contribuído para desacelerar as negociações com milho tanto no disponível quanto no futuro: o clima. Incertezas em relação ao comportamento das chuvas e do calor nas regiões produtoras de milho verão têm feito com que vendedor se retraia, no aguardo de uma alta de preços”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

De acordo com o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco, quem tem milho estocado não libera mais lotes, e quem ainda vai colher fica no aguardo de condições climáticas mais favoráveis para as lavouras nos próximos dias: “Se o tempo não melhorar, também esperam preços maiores pela produção”.

“Quanto ao fim do ano, compradores evitam adquirir novos lotes, tendo em vista a dificuldade de conseguir transporte ainda em 2018. Com isso, o cenário é de abastecimento das agroindústrias e granjas, pelo menos até o início de 2019, o que também contribui para queda nos volumes comercializados no País. Quanto ao milho futuro, tradings se precaviam com lotes pontuais a partir do meio do ano que vem, principalmente em Mato Grosso”, conclui Pacheco.

 

Fonte: Agrolink/ Leonardo Gottems