O plantio do milho Segunda Safra em Mato Grosso do Sul, soma 30,9% do total da área prevista para cultura. A informação divulgada pela Associação de Produtores de Soja (Aprosoja/MS), foi divulgada nesta segunda-feira (18) e revela que o atual ciclo está adiantado em relação ao ano passado, em 17,2%.

A região norte está na frente com média de 36,6% do cereal plantado, enquanto que no sul do Estado, o percentual é de 31,3% e na região central o índice chega a 26% da área planejada.

No entanto, o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke, recomenda que não se deve colher a soja e plantar o milho na sequência, mas é importante aguardar a umidade ideal do solo para receber a semente.

“É preciso aguardar a umidade ideal para o plantio do milho, evitando plantar no seco. Observar a colheita da soja, dando importância aos níveis de pluviosidade. O excesso de umidade também é prejudicial ao plantio, precisa ser minucioso e, de preferência, ter um acompanhamento técnico assíduo”, observa.

Schmaedecke reforça ainda que os registros de precipitações das chuvas não conferem sucesso às lavouras.

“Registramos muitas chuvas de manga. Em um mesmo talhão, por exemplo, se colocarmos três pluviômetros, serão três registros diferentes”, relata o produtor rural, ao sinalizar os riscos climáticos também para o milho, uma vez que a safra de soja, em andamento, tem perda estimada em 15%.

Outra observação reforçada pelo dirigente diz respeito a investimento em estratégia e tecnologia. o dirigente da Aprosoja/MS relata que os agricultores que plantaram soja sobre a brachiaria estão obtendo maiores índices de produtividades, com menores impactos climáticos.

“Precisa ter pesquisa, fazer um bom plantio, evitar as pragas e lagartas, por meio de manejo eficiente. Não adianta uma plantadeira nova, mal regulada e sem gerir a velocidade do plantio”, conclui.

 

Fonte: Correio do Estado