Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) iniciou a Etapa Soja do projeto Semente Forte e os classificadores de grãos já estão em campo fazendo a coleta das sementes para a safra 2020/2021. O objetivo do projeto é verificar, por meio de análise laboratorial, a qualidade das sementes certificadas e como elas têm chegado até às propriedades rurais. A meta é coletar 650 amostras até final de setembro.

No total, oito classificadores certificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fazem a coleta em todas as regiões produtoras do Estado. Conforme engenheira agrônoma, pós-doutora em Fitotecnia e gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja, Jerusa Rech, as sementes devem ser coletadas pelos profissionais no prazo máximo de dez dias do recebimento na fazenda. “É importante o produtor ficar atento às condições com que a semente chega na fazenda, a questão de nota fiscal, de embalagens e imediatamente acionar os classificadores para fazer essa coleta oficial”, pontuou Jerusa.

Após coletado, o material é remetido para o laboratório da Fundação Rio Verde, parceiro da entidade, e o prazo é de 30 dias para retorno das análises. Com a pesquisa finalizada e de posse dos resultados, é elaborado um material de orientação ao produtor rural com informações relacionadas à germinação e vigor da semente, volume de sementes, e sobre quais sementeiras mais fornecem dentro do Estado. “Para evitar perdas, orientamos ao produtor, que tenha dúvida quanto à qualidade da semente, a não esperar o resultado da análise do projeto que leva em média 30 dias. Para ganhar tempo e decidir se irá plantar ou não, é recomendado que ele peça ao classificador uma segunda amostra e envie imediatamente a um laboratório de sua confiança para ter um resultado mais rápido”, alertou Jerusa.

De acordo com a agrônoma, a semente é o principal insumo do produtor, por isso a qualidade é tão importante para garantir a expectativa da produtividade. “Os resultados do projeto visam trazer para o produtor essa atenção à qualidade da semente para evitar perdas na produção”, assinalou.

Para o produtor rural de Nova Mutum e presidente do Sindicato Rural no município, Emerson Zancanaro, o projeto Semente Forte é uma importante ferramenta que visa não só o levantamento de dados para futuras ações da entidade com referência a qualidade de sementes, mas também importante auxílio ao produtor. “Hoje o produtor recebe semente de vários locais do país e necessita desse monitoramento e acompanhamento da qualidade de sua semente através desse projeto tão importante da nossa entidade”, avaliou.

Nova Etapa- Esse ano se dará uma nova etapa do projeto Semente Forte para acompanhamento das lavouras após análises que vierem com percentuais abaixo do indicado. “Se o produtor chegar de colocar a campo essa semente, vamos entrar em contato e verificar quais são as reais condições dessas lavouras após a implantação. Hoje a legislação prevê apenas a questão da germinação, com percentual mínimo de 85%. Nesses dois anos observamos incremento na germinação, mas há redução no vigor e agora com três anos de análise poderemos dar um parecer mais preciso do que está ocorrendo”, explanou a gerente.

Os produtores rurais que tenham interesse em ter as sementes avaliadas devem entrar em contato com os delegados, supervisores de projetos ou Classificador Legal de cada região. 

 
Fonte: Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja)