O Governo de Mato Grosso promete investir R$ 22 milhões para o combate ao desmatamento, exploração florestal ilegais e os incêndios florestais somente neste ano.

Para as atividades durante o período crítico de queimadas, o Corpo de Bombeiros Militar, por meio do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), emprega em campo, inicialmente, 39 instrumentos de respostas temporários, entre bases descentralizadas, brigadas municipais mistas, equipes de intervenção e apoio operacional, além de contar com o suporte do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Os recursos próprios e do programa REM Mato Grosso (REDD+ para Pioneiros).

“Este é o maior investimento já feito nos últimos dez anos para repressão dos crimes contra flora e combate aos incêndios florestais. Todos os órgãos envolvidos em ações da defesa do meio ambiente estão indo a campo com a orientação de tolerância zero às infrações”, disse recentemente o secretário adjunto Executivo da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Alex Marega.

No Estado, a queima para manejo e limpeza de áreas na zona rural está proibida desde o início deste mês. Durante o período, qualquer uso do fogo é uma infração ambiental e as equipes vão estar em campo realizando a lavratura dos autos e também o combate aos incêndios.

Apesar disso, até o momento, Mato Grosso responde por 25,6% do total de focos de calor registrados em todo país (29.881), conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No Estado, já são 7.664 queimadas.

Nesta semana, CB também deu início a “Operação Abafa 2020”, com o apoio da Sema e Força Nacional de Segurança Pública. A iniciativa visa o enfrentamento qualificado nos crimes ambientais. Somente no primeiro dia da operação, foram fiscalizadas duas propriedades em Nova Maringá, município distante cerca de 180 quilômetros de Lucas do Rio Verde.

Nas áreas, foram constatadas infrações por uso do fogo com a finalidade de antropização em vegetação nativa, com cerca de 500 hectares autuados e R$ 750 mil em multa no primeiro dia da operação.

A proibição o uso de fogo em áreas rurais leva em consideração fatores climáticos e riscos que a poluição do ar traz à saúde humana, especialmente, em um momento que o mundo enfrenta uma pandemia de uma síndrome respiratória, a Covid-19. Além disso, um decreto publicado pelo governo federal e que vale para todo o território nacional proibi a queima por 120 dias. Historicamente, a maior incidência de queimadas ocorre entre os meses de agosto e outubro. Em zona urbana, a queimada é proibida o ano todo.

Fonte: Diário de Cuiabá