O Imea divulgou a primeira aferição para o custo de produção do milho de alta tecnologia para a safra 19/20, em MT. O relatório apresentou um custo operacional de R$ 2.627,2/ha, o que representa um aumento de 8,8% em relação ao custo consolidado da safra 18/19.

Os principais fatores de alta se deram, principalmente, pelo avanço dos preços e utilização de fertilizantes ante o que foi visto no ano passado.

Ainda é importante salientar que nas propriedades modais é aguardado um aumento da produtividade em 8,5% para a alta tecnologia neste novo ano agrícola, estimada em 121,5 sc/ha.

Considerando tal rendimento e um custo variável de R$ 2.353,2/ha, o ponto de equilíbrio da nova safra passa a ser de R$ 19,4/sc, ou seja, 0,8% abaixo ao da safra anterior.

No entanto, mesmo com um ponto de equilíbrio menor para a próxima safra neste momento, as indefinições quanto à produtividade e o aumento dos custos exigem atenção ao produtor mato-grossense.

Confira os principais destaques do boletim:

• O preço do milho mato-grossense voltou a subir na última semana, exibindo um avanço de 1,42%, devido, principalmente, à valorização nas cotações da B3 e no dólar.

• As cotações do cereal na CME-Group encerraram a semana com variação negativa de 0,73% e 0,57% para os contratos de mar/19 e jul/19, respectivamente. O recuo se deu, principalmente, pela perspectiva de aumento dos estoques mundiais, divulgado pelo USDA.

• As negociações entre a China e os EUA, pautaram a cotação do dólar corrente, que recuperou 0,99%, exibindo cotação média de R$ 3,74/US$.

• A Base MT-CME exibiu alta de 1,87%, após a valorização do preço em MT, aliada ao recuo nas cotações da bolsa de Chicago.

Semeadura adiantada:

A semeadura da segunda safra 18/19 de milho está a todo vapor no Brasil, sendo aguardada pela Conab uma produção de 65,2 milhões de toneladas, o que representa um incremento de 21,0% em relação à safra anterior.

As boas perspectivas quanto à janela de semeadura, que pode favorecer o desenvolvimento das lavouras, são o principal fator para o aumento da safra, contra os problemas climáticos observados no último ano. Já na região CentroOeste, maior produtora de milho do país, é esperado que a produção cresça 15,6%.

Os trabalhos de campo têm colaborado para essas perspectivas, com adiantamento nos principais estados produtores, que nesta semana já apresentam 74,2% em MT (Imea), 50,0% em GO (Ifag) e 30,9% no MS (Famasul).

Daqui para frente, o monitoramento das condições climáticas será de grande importância e, segundo a Somar, por ora, as chuvas ainda estão contribuindo para a água disponível no solo em grande parte da região.

Fonte: IMEA