Na ultima sexta-feira (13/07), o Imea- Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, divulgou a segunda estimativa de oferta e demanda da soja mato-grossense em 2018, trazendo reajustes à safra 2017/18 e as primeiras perspectivas para a safra 2018/19. Em relação ao quadro de oferta e demanda da safra 2017/18 houve mudanças tanto na oferta quanto na demanda. As modificações foram puxadas pela consolidação das produtividades da safra, pelo cenário internacional atual e pelo volume esmagado durante os seis primeiros meses do ano no Estado.

Todavia, apesar do aumento na expectativa da demanda, a oferta sobressai, sendo aguardado um aumento nos estoques finais. Já em relação à safra 2018/19, neste primeiro momento, a previsão é de uma leve redução na oferta e uma manutenção da demanda firme, assim, é esperada uma pequena redução nos estoques finais para a safra 2018/19.

Confira alguns destaques do boletim:

• O indicador Imea da soja disponível apresentou valorização de 4,03%, e preço médio de
R$ 69,26/sc, devido ao aumento no preço dos prêmios pagos no porto de Paranaguá.

• O dólar encerrou a última semana com baixa de 1,13%. A redução se dá pela proximidade das eleições brasileiras, e também pelas intervenções do Banco Central nas vendas de contratos de swaps.

• A margem bruta de esmagamento encerrou com recuo de 18,32%. O aumento no preço da oleaginosa foi determinante para a relação.

• O preço paridade para mar/19 finalizou com desvalorização de 2,33%, e preço médio de R$ 60,53/sc, devido às baixas do contrato futuro da CME para mar/19 e da taxa de câmbio.

O USDA divulgou na última semana o relatório de Oferta e Demanda mundial de soja referente ao mês de julho, trazendo os reflexos do embate comercial entre China e Estados Unidos. Desta maneira, o departamento projeta uma redução de 2,5% na demanda americana para a safra 18/19, puxada principalmente pelo recuo na exportação da oleaginosa de 10,9%. Do outro lado da moeda, se encontra a China, com uma expectativa de redução de 7,8% em sua importação de soja. Ambos, se comparados à divulgação de junho, demonstram os impactos desta política comercial para os dois países. Um dos principais beneficiados até o momento é o Brasil, com previsão de aumento de 2,8% em sua exportação para a safra 18/19, ante o mês anterior, absorvendo uma fatia que pertencia ao mercado norte-americano. Assim, com a divulgação destes números na última semana, os preços da soja em Chicago seguem pressionados.

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Fonte: IMEA