O espaço que fica no Rio Grande do Sul contém mais de 30 mil itens relacionados ao animal e a suinocultura e recebe 700 visitantes por ano

Você já ouviu falar do Museu no Suíno? Localizado em Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, o espaço abriga mais de 30 mil itens relacionados a suínos e a suinocultura. Lá os visitantes encontram miniaturas, brinquedos, estatuetas, cofres, moedas, livros, filmes, cartões postais, itens de casa como panos de prato, canecas e tapetes, produtos alimentícios, itens de uso veterinário ou de manejo, ossos de suínos e também animais taxidermizados. Tem até uma joia de cristal Swarovski em formato de suíno. O responsável por esse acervo é o médico veterinário, Hiran Kunert, juntamente com sua esposa Sandra Pfuller, que ele conquistou após presenteá-la com uma porquinha de estimação durante o pedido de namoro.

 

 

O amor do veterinário por suínos nasceu há muito tempo, em 1975, quando Hiran ganhou a primeira peça da coleção, uma porquinha, presente de uma tia. Durante 40 anos trabalhou com o animal, e teve a ideia de criar o Museu quando dava aulas de suinocultura na Faculdade de Veterinária da UNOESC em Xanxerê (SC) em 2005. “Conversando com os alunos resolvemos pesquisar sobre as utilidades e curiosidades do suíno. Descobri tanta coisa que resolvi criar o museu para mostrar tudo para as pessoas”, conta.

Além disso, o Museu também tem como objetivo resgatar e preservar a história da suinocultura, desmitificar o suíno e incentivar a sua criação e o consumo de seus produtos. Hiran conta com o auxílio de vários entusiastas para a realização desta missão, que doam itens relacionados a suínos vindos de todo o mundo, inclusive da ABCS que garantiu um espaço nas prateleiras de exibição doando três livros produzidos pela Associação: O Grande Livro da Carne Suína, Produção de Suínos e agora em 2021, o título mais recente elaborado em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Suinocultura: uma saúde e um bem-estar.

Antes da pandemia o espaço costumava receber cerca de 500 a 700 visitantes por ano, que segundo o Hiran, se impressionavam principalmente com a Sala de Utilidades e Curiosidades, pois se surpreendiam com a quantidade de usos, para além dos produtos alimentícios, que os suínos tem na sociedade. Outro sucesso garantido eram as peças taxidermizadas. Hoje o espaço se encontra temporariamente fechado em decorrência da pandemia de Covid-19. Enquanto isso, os interessados podem visitar as cinco salas de exibição através do site e matar um pouco da curiosidade.

Atualmente o Museu passou a contar com o apoio da Prefeitura de Cachoeira do Sul através da Secretaria Municipal do Desporto e Turismo que pretende incluir os suínos em um roteiro turístico que será elaborado ainda em 2021, já que existem apenas três espaços deste tipo no mundo, em Portugal, na Alemanha e aqui no Brasil. Quem quiser ajudar o Hiran a expandir ainda mais o acervo, pode entrar em contato através do site ou do WhatsApp pelo número 51 996514400. Ele garante que todas as doações são bem-vindas.

O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes, parabeniza a iniciativa e ressalta sua importância para a suinocultura brasileira. “O trabalho do Museu resgata, preserva e divulga a suinocultura em todos os seus aspectos. Precisamos cada vez mais de pessoas assim, apaixonadas.”

Fonte: ABCS