O ministro da agricultura do Brasil, Blairo Maggi, anunciou que o país, como “o segundo maior produtor e maior exportador de aves”, vai contestar as restrições impostas pela União Europeia (UE) às exportações de carne de frango na Organização Mundial do Comércio (OMC). A informação foi divulgada pelo site Global Meat News nesta semana.

O caso poderá estabelecer um precedente importante no comércio mundial de frangos de corte, com relação à extensão com que países importadores possam bloquear a entrada do produto devido à contaminação por salmonela.

“Defendemos a abertura de um painel na OMC contra as barreiras colocadas pela UE”, anunciou Maggi. “O processo não será fácil nem rápido, mas o Ministério da Agricultura enfrenta esse desafio na defesa dos produtos agrícolas brasileiros no mercado internacional”. O governo já trabalha trabalhar tecnicamente no caso.

O Brasil alega que a UE restringiu ilegalmente as importações brasileiras de frango, proibindo todas as 2.600 cepas de salmonela para frango salgado que o Brasil pode exportar. No entanto, o Brasil diz que a lista negra inclui cepas inofensivas presentes naturalmente na carne de aves. “É sobre esta regra, sem nenhuma base cientifica, que mais de 99% das acusações contra o frango brasileiro são baseadas”, diz ele.

Politicamente, no entanto, o Brasil enfrenta uma tarefa difícil para convencer o comércio de carnes de que sua indústria tem padrões sanitários confiáveis. O país foi acusado de fraude, incluindo a falsificação de certificados de exportação e ignorou requisitos veterinários, desde julho do ano passado, argumenta a Comissão Europeia que bloqueou as importações brasileiras – apoiada pela indústria de carne da UE.

De acordo com o sistema de alerta de segurança alimentar da UE para alimentos e rações, desde 1º de janeiro de 2017, seus agentes fronteiriços rejeitaram 303 remessas brasileiras de carne de frango contaminadas por salmonela.

Equipe Suino.com

Leia a notícia completa