Sem espaço para mais estocagem, indústrias de aves e suínos deverão paralisar completamente as atividades hoje (25/05).  Nesta quinta-feira, pelo menos seis unidades já haviam suspendido o abate, tendo as demais com atividades reduzidas.  O retorno, conforme o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, depende de três passos. “É preciso que haja combustível, em primeiro lugar, para a saída dos contêineres e câmaras frigorificas de dentro das plantas, liberando espaço para mais estoque. Ao mesmo tempo do restabelecimento de combustível é urgente o transporte de milho, farelo de soja e ração até às granjas para a alimentação dos animais e, ainda, o trânsito entre unidades de produção do sistema integrado”, explica.

Conforme Kerber, a cada 30 mil suínos abatidos por dia, por exemplo, nascem 30 mil (dia), para manter o ciclo de produção. O acúmulo de animais nas granjas proporciona diversos problemas de bem-estar e, inclusive, sanitários. “Um animal com restrição alimentar, que já vem ocorrendo, registra perda de imunidade, pode provocar o canibalismo e o aparecimento de alguma intercorrência sanitária”, lamenta.

Conforme levantamento realizado nesta quinta-feira, no país, somente sob inspeção federal, deixam de ser abatidos a cada dia de paralisação 22 milhões de frangos, 150 mil suínos e 90 mil bovinos. “Não é possível estimar um número de prejuízo em reais. Mas as perdas ocorrem em diversas frentes: queda no faturamento, mortalidade de animais, perecibilidade de carnes e produtos que necessitam de refrigeração, que já estão sob transporte e retidos em pontos de bloqueio e multa dos compradores internacionais são algumas”, informa o presidente.

Fonte: Fundesa