Iufro 2019: novas tecnologias de baixo custo para inventário florestal

Processar dados para quantificar o volume e a biomasssa da floresta promete ser um trabalho mais acessível e menos custoso de agora em diante. Tal novidade poderá ser conferida durante as apresentações da Sessão C4a do XXV Congresso Mundial da Iufro, que acontece no dia 02 de outubro, das 15h30 às 17h30, no estádio R12-Asa 2.

Informações precisas sobre as árvores são fundamentais para manter a sustentabilidade dos recursos florestais. As tecnologias digitais utilizadas até então, geralmente, apresentam equipamentos e software caros, além de características ergonômicas complexas, que os tornam logisticamente impraticáveis e financeiramente inviáveis para a maioria das aplicações.

De acordo com uma das coordenadoras desta sessão e pesquisadora da Embrapa Florestas, Denise Cardoso, novas tecnologias já vêm sendo usadas em outros países, facilitando, em muito, o trabalho. “Em outros países já existem levantamentos com imagens capturadas por laser terrestre e aéreo. No Brasil, isso ainda é muito caro e não é operacional, pois são equipamentos grandes e exigem que se tenha um computador robusto e software específico, além de demorar muito tempo para processar as imagens coletadas”, explica a pesquisadora.

Esta sessão apresentará abordagens inovadoras para inventários florestais usando tecnologias digitais aplicadas, de baixo custo. Também serão apresentados trabalhos sobre medição de copas e cobertura das florestas, utilizando câmeras portáteis comerciais, com potencial para avaliar com precisão algumas características qualitativas da floresta.

Ao todo participarão palestrantes de cinco países: Estados Unidos, República Tcheca, Espanha, Canadá e Brasil. “Alguns dos trabalhos foram desenvolvidos com aplicativos livres. Foi inesperado que existissem tantas submissões nessa linha e eu estou muito otimista em estabelecer contato com essas pessoas, para criarmos uma rede em que possamos trocar ideias, talvez viabilizar projetos e continuar estudos nessa linha”, diz Denise Cardoso.

Fonte: Embrapa Florestas