Assunto foi colocado em pauta durante o VI Workshop Sindiavipar, que aconteceu entre os dias 07 e 08 de novembro em Foz do Iguaçu

A Peste Suína Africana (PSA) ocasionou grande perda de rebanho suíno e necessidade de reposição dessa proteína. Somente na China, até o fim do ano, 30% da sua produção deve ser afetada, conforme mostram os dados da Rabobank. De acordo com o vice-presidente e diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, esse período é uma oportunidade para o Brasil, pois será um momento de mudanças nas tendências de consumo de carne na Ásia.

“É um efeito de substituição. A China e toda Ásia, atualmente, precisam de muita proteína. Isso traz uma oportunidade imensa, pois, as crianças que começam a comer carne de frango hoje, não irão querer comer outra carne daqui cinco anos. Elas serão grandes consumidoras da nossa principal proteína. Ou seja, é um momento de mudança de hábitos alimentares nessa região”, explica Santin.

O assunto foi um dos temas do VI Workshop Sindiavipar – Avicultura em Constante Aperfeiçoamento, que ocorreu entre os dias 07 e 08 de novembro, em Foz do Iguaçu (PR). O evento foi realizado pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) e contou com a participação de mais de 1.100 pessoas, um crescimento de 200% em relação ao evento anterior, entre elas presidentes de cooperativas, autoridades, pesquisadores, e mais de 35 palestrantes.

Para o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, esse é momento de manter o foco e continuar crescendo. “Hoje, somos os melhores do mundo, a nível de sanidade e quantidade que podemos disponibilizar para o mercado internacional. O Paraná, em volume, chegou a marca de 1 milhão, com 170 mi, toneladas da proteína exportada, isso somente nos primeiros nove meses do ano”, destaca Martins.

O diretor-associado de Produtos da Cobb América do Sul, Rodrigo Terra, salientou, durante a sua palestra “O Frango do Futuro”, que para atender a esses números não basta apenas responder aos parâmetros de produtividade. “Seguindo as tendências, a saúde, bem-estar animal e impacto ambiental entrou nesse processo de maneira forte e prioritária. Questões que incluem a redução de aditivos e antibióticos na produção são também aspectos extremamente importantes para que a avicultura possa se desenvolver ainda mais”, diz Terra.

Dentro desse cenário, o diretor da Seara Alimentos, José Antonio Ribas Junior, ressaltou em sua discussão sobre “O Consumidor dos Produtos Avícolas, Tendências e Exigências” a importância da divulgação de informações ao cliente para que o setor de aves continue a crescer. “Temos que saber vender o nosso produto, pois ele tem qualidade. Esse é um setor que tem grande relevância econômica, social e em toda a cadeia de produção, mas não sabemos como comercializar nossos produtos”, complementa Ribas.

Fonte: Assessoria