Ao longo das últimas duas décadas, um número surpreendente de variedades de milho adaptadas foram desenvolvidas, projetadas para que a cultura pudesse dar bons resultados em regiões diferentes. Um novo estudo de pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, sugere as péssimas consequências não intencionais dessa evolução, informou o Modern Farmer.

Trata-se de um exame em larga escala sobre como as variedades de milho altamente especializadas mantiveram a capacidade de se adaptar. Sem dúvida, produtividades notáveis foram alcançadas, mas o estudo analisa o custo para essa produtividade, particularmente em relação aos efeitos das mudanças climáticas.

Infelizmente, parece que a resposta é sim. Os pesquisadores trabalharam com 12 universidades em toda a América do Norte para testar mais de 850 variedades únicas de milho e medir sua capacidade de lidar com mudanças ambientais. Eles descobriram que as variedades de milho mais especializadas mostraram uma capacidade reduzida de adaptação – “plasticidade” – uma variável que pode ser medida com um grau bastante alto de confiança. Parece que, ao tentar criar culturas de maior rendimento, podemos ter produzido plasticidade.

Os pesquisadores também observam que tentar criar variedades que sejam acessíveis a uma grande variedade de ambientes pode reduzir a perda de plasticidade, mas isso também significaria uma perda geral de desempenho em todos os níveis. Como com tantos problemas, pode não haver uma solução aqui que resolva todos os problemas: um milho altamente adaptável seria menos produtivo; um milho altamente especializado exigiria alterações constantes para garantir que ele pudesse lidar com um mundo em mudança.

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Tradução livre Equipe Suino.com