Foi apresentado na última semana o Triziman, uma nova geração de fungicida que combina três ingredientes ativos diferentes: Azoxistrobina, Ciproconazol e Mancozebe. Com isso promove efeito de contato com ação multissítio, interfere na respiração mitocondrial e atua como inibidor da biossíntese do ergosterol, com seus dois ingredientes ativos sistêmicos.
De acordo com a fabricante UPL, o produto apresenta “completa ação fungicida” devido a sua atuação na inibição da germinação dos esporos, penetração e desenvolvimento no tecido foliar e sua esporulação. “Por esta ação diferenciada torna-se excelente opção para o manejo da resistência e controle da Phakopsora pachyrhizi”, explica Rafael Pereira, Gerente Sênior de Inovação da UPL.

De acordo com o professor Erlei Reis, da Universidade de Passo Fundo e integrante do Eagle Team, o número de usuários de fungicidas que vem adotando a tecnologia do uso de multissítio vem aumentando. Porém, segundo ele, ainda há necessidade da compreensão de todos os produtores de soja sobre o uso dessa tecnologia para que haja eficiência no controle da Ferrugem Asiática na soja.

“A utilização de multissítio surgiu na Inglaterra na década de 70, quando o controle de doenças na batata, tomate e videira ameaçavam os produtores. Na década seguinte surgiram os primeiro casos de resistência e praticamente não tinha mais eficiência no controle. Então passaram a comercializar misturas prontas com Mancozeb. Olhando para esse cenário do passado, somado ao que disse anteriormente sobre a forma como a aplicação está sendo realizada, consigo entender que essa situação só vai se regularizar aqui quando 70% da área de soja no Brasil for tratada adequadamente da forma como é recomendado, sendo: quantidade de aplicações, rotação de produtos e manejo corretos, entre outros cuidados”, explica Erlei.

Luis Carregal, professor da Universidade de Rio Verde e também integrante do Eagle Team, destaca a importância das boas práticas de manejo após a instalação da soja: “Importante compreender que a resistências aos produtos sítio-específico está ai. Carboxamidas, estrobilurinas e triazóis são produtos que não empregam mais controle de 80%, nem misturados e nem sozinhos. Então pra diminuir a população de indivíduos resistentes temos que colocar alguma outra coisa pra ter eficiência. E a melhor oportunidade que temos hoje são os fungicidas multissítio. Estes invés de atuarem em um ponto específico do fungo, agem em vários, e isso, diminui muito o risco da resistência. Não temos mais como evitar a resistência porque ela já aconteceu mas, o multissítio tem que ser recomendado e utilizado para estabilizar o problema da resistência onde ela está e não ficar pior”.

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems