Inclusão e cooperação estão entre as metas da nova gestão que tem como desafio atrair novos profissionais e dar continuidade para os projetos

O Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas elegeu a nova Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Deliberativo para os próximos 2 anos. A eleição realizada em Assembleia Geral Extraordinária, conforme Edital de Convocação previsto no estatuto da entidade, elegeu no final de 2019 a nova diretoria que ficara à frente do Nucleovet na gestão 2020/2021. A entidade que realiza anualmente os Simpósio Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Bovinocultura de Leite, é uma das mais ativas do país, com atividades científicas, técnicas e sociais.

Para o  médico veterinário Luiz Carlos Giongo, liderar o  time de profissionais voluntários do Nucleovet será uma enorme honra e alegria “Aqui trabalhamos unidos em prol de um bem maior, congregando veterinários e zootecnistas que atuam em diversas áreas, como a da cadeia de proteína animal, fiscalizatória e regulamentar, animais de companhia, saúde animal e, por extensão a saúde humana. Seremos uma diretoria focada nos propósitos da entidade, buscando uma gestão participativa e inclusiva, para ampliar ainda mais os nossos horizontes”, descreve Giongo.

Novo presidente 2020/2021

Giongo é médico veterinário formado pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC em 1999.  Na carreira profissional atuou principalmente junto a cadeia de proteína animal. “Percebi cedo que o caminho da gestão profissional de pessoas e projetos, seria fundamental então busquei especializações que atendessem esta necessidade. Para isso investi em Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu, Gestão do Agronegócio pelo CEFET PR em 2003,  depois MBA em Gestão Empresarial pela FGV em 2005 e Gestão de Sociedades Cooperativas pela UNOESC Chapecó, em 2009”.

Ao longo da carreira profissional Giongo participou de inúmeros treinamentos técnicos para atualização e aperfeiçoamento profissional. Foram 20 anos ligados a Cooperalfa Cooperativa do Sistema Aurora,  inicialmente atuando na extensão rural a campo com orientação técnica e supervisão de equipe, depois atuando mais fortemente na coordenação da atividade de suinocultura da Alfa. Nos últimos 12 anos atuou na Gerência técnica, com todos os profissionais de campo, na produção agropecuária de suínos, leite e produção de grãos da Cooperativa, frente a mais de 250 pessoas na gestão direta. O médico veterinário assumiu no início do mês a Gerëncia de Suinocultura da Cooperativa Central Oeste Catarinense – Aurora para atuar com todo o sistema cooperativo.

Nucleovet na era da inclusão e atuação social

A base forte da entidade que esteve pautada no relacionamento e integração profissional, social e na realização dos eventos técnicos de qualidade e referência, deve ampliar a sua atuação junto à sociedade e ao setor “Pretendemos ainda avançar em outras áreas do conhecimento, da atuação social e comunitária frente a sociedade em geral, ampliando a base de associados, realizando eventos esportivos internos, entre outros”, afirma Giongo.

Para o presidente da entidade, o espaço da sede é ótimo e está em construção para o bom convívio social, para atividades profissionais e para o uso de toda a família de associados e amigos. “Precisamos agregar, aumentar a participação e buscar o avanço da entidade, preservando os valores do Nucleovet. Nosso lema será: trabalho profissional e ético com cooperação”.

 Sobre o envolvimento social e atuação junto à classe, Giongo destaca “Por princípio e desde a formação universitária, tenho utilizado parte do tempo para trabalhos de organização da classe profissional em trabalhos voluntários. Na vida acadêmica com a promoção de eventos na universidade que gerassem a aproximação dos universitários com o mercado de trabalho (semanas acadêmicas). Depois na vida profissional atuei junto aos eventos da Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos – ABRAVES, vindo a ser vice-presidente durante 2 anos. Foi também nesta época, por volta do ano de 2004 que comecei a participar do Nucleovet, no início mais focado nos Simpósios de suínos”.

A frente de um grupo de voluntários do Nucleovet, Giongo fala sobre o desafio de presidir a entidade que participa há mais de 15 anos. “Agora me foi confiada a tarefa de presidir a associação com a participação de profissionais voluntários do Nucleovet, o que representa uma enorme satisfação. São veterinários e zootecnistas de diversas áreas, que atuam em cooperação e alinhados em prol de um bem maior: o desenvolvimento profissional, social e recreativo das classes profissionais afins” reflete.

Entrevista

Qual o desafio junto ao Nucleovet como instituição e como organizadora de três eventos técnicos como SBSA, SBSS, SBSBL?

Giongo – O Nucleovet é composto por profissionais ligados as diferentes áreas da produção animal e tem como uma de suas funções sociais oportunizar o aperfeiçoamento profissional. Os eventos técnicos cumprem com excelência essa função ao trabalhar temas relevantes para mercado profissional das cadeias produtivas de aves, suínos e leite, e só ocorrem desta forma, graças a dedicação voluntária de dezenas de colegas.

O desafio é oferecer aos participantes o que tem de mais atual e inovador na área científica, aperfeiçoamento pessoal e profissional, comportamento do mercado global e normativas e procedimentos legais. Precisamos surpreender positivamente, por isso, é de suma importância termos o apoio de toda cadeia produtiva.

 Qual a importância do associativismo da classe de veterinários e zootecnistas e seu papel na cadeia produtiva?

Giongo – Em geral, como seres humanos, felizmente sempre buscamos nos relacionar com outros que tem interesses em comum. Dar espaço para o novo, se permitir olhar para o lado e trabalhar em cooperação, possibilita termos acesso a diferentes experiências, pontos de vista e alcançar resultados que sozinhos não alcançaríamos.

A realidade é que no geral a classe veterinária não é tão unida como outras classes profissionais. O Nucleovet, tem demonstrado que é possível trabalharmos juntos, em prol de uma causa comum.

Nós acreditamos poder agregar e gerar ainda mais coesão. Estamos aqui para isso. A história de nossa associação demonstra que todo esforço é válido, pois muitos frutos já foram colhidos e continuamos a plantar para continuar essa trajetória de sucesso.

Com os princípios de integração, respeito, comprometimento e justiça social o Nucleovet busca proporcionar a difusão do conhecimento na cadeia produtiva e o fortalecimento da classe.

Esta diretoria está focada no trabalho através da gestão participativa e inclusiva. Estaremos atuando com o propósito de evoluir e inovar nos 3 simpósios Simpósio Brasil Sul de Avicultura, Simpósio Brasil Sul de Suinocultura e Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite; engajar, aproximar e ampliar a base de sócios; promover eventos esportivos e recreativos; realizar ações e campanhas informativas com a sociedade; realizar parcerias no campo de formação profissional; buscar estruturar projeto de pesquisa direcionada aos interesses da cadeia produtiva, em parceria com outras instituições; completar a estruturação da sede social da entidade, para uso em diferentes fins (social, recreativo, profissional, etc); e dar início ao projeto de evento na área de PET.

Qual o maior desafio do profissional veterinário e zootecnista hoje?

Giongo  –  Impossível apontar um só elemento mas pode-se listar alguns dos principais, como o conceito One Health, de pensar a saúde humana e animal como interdependentes e ligadas a saúde dos ecossistemas, tendo os profissionais uma visão global desde a produção pecuária até a saúde humana. Também é ponto importante lidar com a pressão do mercado consumidor e adaptar-se as mudanças tecnológicas da área de produção. Outro ponto é a necessidade de atualização constante, atitude proativa e ter iniciativa para assim poder agir da melhor forma diante dos desafios profissionais e pessoais do dia a dia. Neste ponto os simpósios organizados pelo Nucleovet tem ajudado muito na formação, atualização e qualificação do profissionais da avicultura, suinocultura e bovinocultura de leite. Um papel que o Nucleovet procurou desenvolver e no qual vai seguir evoluindo com a ampla visão de sanidade e saúde global.

Giongo enumera  ainda algumas características desejáveis:

– Montar um bom planejamento para tudo o que se pretende fazer já é um bom começo. Isso evita retrabalhos, perdas de tempo, faz com que se aproveite melhor as oportunidades e se previna mais adequadamente as intempéries;

– Conseguir de maneira equilibrada e continuada, interagir com diferentes tipos de personalidades, faixas etárias e comportamentos;

– Ter visão global e estratégica dos negócios e da cadeia que está inserido;

– Mobilizar as pessoas para um proposito; e

– Se adaptar aos diferentes ambientes.

Fonte: Panty Assessoria