A produção brasileira de soja cresce a cada ano. Na safra 2018/2019 foram produzidas 115 milhões de toneladas do grão. Esse montante posiciona o Brasil como segundo maior produtor da oleaginosa no mundo. Para a próxima safra, de 2019/2020, a projeção da produtividade chega a mais de 120 milhões de toneladas, de acordo com pesquisa da Reuters realizada com 12 consultorias e instituições.

Para termos alcançado todo esse potencial produtivo, além de cultivares de alta performance, tecnologias disruptivas, e um bom manejo realizado pelos agricultores, a cultura da soja sempre exigiu uma boa disponibilidade de água. Durante todo o seu ciclo, a planta de soja necessita de 450 a 800 mm de água. Sendo assim, seja na cultura de sequeiro, ou área irrigada, a oferta de água durante todo o ciclo da planta precisa ser equilibrada nos diferentes estádios da cultura. Nesse contexto, é importante entender quais fatores contribuem para a utilização mais otimizada desse recurso natural, mapeando iniciativas estratégicas para atender as necessidades da cultura de forma sustentável e rentável.

A disponibilidade de água no solo depende de diversos fatores, como: textura do solo, porosidade, teor de argila e matéria orgânica. Esses fatores determinam como ocorre a retenção de água no solo e seu escoamento, seja pela superfície ou pelo interior do solo. A variação entre esses fatores resulta em uma maior ou menor disponibilidade de água, impactando no desenvolvimento das plantas.

A produção brasileira de soja se estende por quase todo o território nacional, desde a região sul até o norte do país. Apenas sete estados brasileiros não produzem a oleaginosa. Considerando que a maior parte dos agricultores produzem o grão como cultura de sequeiro, ou seja, dependem da chuva para molhar suas lavouras.

A planta de soja necessita de 450 a 800 mm de água durante todo o seu ciclo em média 620 mm. O volume de água exigido pela planta depende muito da cultivar escolhida para o plantio e, consequentemente, da duração do seu ciclo. A germinação-emergência das plântulas e floração-enchimento de grãos são os dois períodos em que a disponibilidade de água é mais crítica. A oferta de recursos hídricos nesses estádios pode influenciar bastante na produtividade da lavoura, positivamente ou negativamente. Por isso, irrigar não é apenas jogar água no solo. Saber o momento certo de irrigar e utilizar informações de predição das condições climáticas são fundamentais para o uso racional da água e utilização eficiente dos sistemas de irrigação.

Com a introdução da agricultura 4.0 nas lavouras brasileiras, ferramentas digitais como a Agrosmart fornecem para o agricultor previsões assertivas das possibilidades de chuva, além de apresentar indicadores no caso da aproximação de um longo período de estiagem. Esse tipo de inovação tornou mais simples e rápida a tomada de decisão do agricultor, que hoje consegue adotar a medida correta, no momento certo, e com maior segurança.

Os sistemas inteligentes, que utilizam sensores e imagens de satélite são aliados do produtor que busca o melhor manejo da cultura e a otimização dos custos de produção. Ao monitorar a lavoura, de forma adequada, é possível regular a necessidade hídrica real da planta, aumentando assim os ganhos de produtividade e reduzindo os custos operacionais e desperdícios.

Fonte: Assessoria