A OIE – Organização Mundial de Saúde Animal, salientou na 87ª Assembleia Geral dos Delegados Nacionais da OIE em Paris a importância da cooperação internacional para controlar a Peste Suína Africana (PSA). A OIE propôs a utilização dos GF-TADs (Global Framework for the Progressive Control of Transboundary Animal Diseases) para “desenvolver, melhorar e harmonizar parcerias e coordenação a nível nacional, regional e internacional”.

A função de GF-TADs é prevenir, detectar e controlar doenças animais transfronteiriças, levando em consideração suas dimensões regionais. Espera-se que ajude a coordenar grupos regionais europeus de especialistas na doença que existem sob o guarda-chuva dessa plataforma desde 2014, bem como grupos que recentemente foi criado na Ásia e nas Américas.

A OIE estabelecerá um programa de trabalho nos próximos meses em colaboração com a FAO, levando em consideração as iniciativas regionais já existentes. A organização delineou algumas áreas que os membros deveriam se concentrar para combater a doença.

Conforme a OIE, “dadas as repercussões socioeconômicas globais da peste suína africana, controlar a doença é de alta prioridade para todos os países afetados e também para aqueles livres da doença. É por esta razão que a OIE solicita aos seus países membros para garantir a implementação de padrões e práticas efetivas no controle da Peste Suína Africana”.

Os focos das ações incluem: programas para prevenção, detecção e intervenção precoces e políticas de compensação; medidas de biossegurança; rastreabilidade de animais e controles de transporte; monitoramento oficial eficaz; manejo de populações de suínos selvagens; abate em conformidade com o bem-estar animal, regras para eliminação segura de produtos animais contaminados; melhoria na colaboração entre instituições e entre países, programas de formação contínua e sensibilização.

A OIE acrescentou: “Devido à complexa epidemiológica da peste suína africana, não é possível controlá-la sem uma resposta coordenada dos diferentes setores envolvidos. Além dos Serviços Veterinários, isso inclui autoridades de controle de fronteiras, a indústria de produção de suínos, universidades, organismos de gestão florestal, caçadores, associações, organizações turísticas e organizações de transporte de animais. Comunicação clara e transparente é é essencial para que todos esses atores compreendam plenamente seus papéis e responsabilidades na implementação das medidas necessárias ”.

A OIE também lembrou aos Países Membros da importância de relatar a doença através do Sistema de Informação de Saúde Animal (WAHIS), para ajudar a construir um quadro completo da situação. Entre 26 de abril e 9 de maio de 2019, 1.322 surtos estavam em andamento e 157 novas notificações foram enviadas à OIE através da plataforma WAHIS.

Fonte: Global Meat News