Os futuros do óleo de soja acompanham a alta forte das matrizes energéticas e sobe mais de 3% na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (5). O contrato dezembro já batia nos 60,97 cents de dólar por libra-peso, acompanhando ganhos de quase 2% nos preços do petróleo, que vinham sendo registradas tanto no WTI, quanto no brent, este último já registrando valores acima dos US$ 82,00 por barril. O gás natural subia, no início da tarde de hoje, mais de 7%.

A puxada forte no mercado de energias, estimulada, principalmente, por um aumento da demanda – que ocorre mais rápido do que o estimado para o período pós pico mais severo da pandemia – que e de oferta restrita, dá espaço para os ganhos intensos não só do óleo de soja, mas também dos demais óleos vegetais, especialmente o de palma, que renovou oje suas máximas históricas.

Assim, a alta do óleo puxa ainda os futuros da soja negociados na CBOT. Perto de 12h (horário de Brasília), as cotaçõe subiam entre 14 e 14,25 pontos, levando o novembro aos US$ 12,49 e o maio a US$ 12,79 por bushel.

Fundamentos

Os fundamentos vão se alinhando e já consolidam, segundo explicam analistas e consultores de mercado, a tendência de baixas para os preços da soja. A melhora do ritmo do plantio brasileiro e o bom avanço da colheita americana pressionam os preços, bem como a momentânea ausência chinesa das compras no mercado americano em função do seu feriado da semana dourada.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras com a colheita da soja 2021/22 ligeiramente acima das expectativas do mercado. Até o último domingo (3), 34% da área americana já havia sido colhida, contra 32% da média esperada pelos traders, e 16% da semana anterior. Há um ano o percentual era de 35% e a média dos últimos cinco anos de 26%.

No entanto, o consultor de mercado Aaron Edwards, da Roach Ag Marketing, lembra que estes fundamentos ainda não estão completamente definidos – dado todo o desenvolvimento da nova safra brasileira ainda pela frente -, o que pode também afetar a trajetória das cotações.

Fonte: Notícias Agrícolas