Os agricultores da Região Sul do País estão substituindo o milho pelo trigo para utilizar como alimento para os animais. Isso porque o excesso de chuvas na região acabou deixando o trigo com uma baixa qualidade, a ponto de que ficasse impróprio para o consumo humano, sendo então utilizado para os animais.

“A diferença a menor pode ultrapassar 13%. Com isto, está havendo um aumento na demanda por “triguilho”, por parte das fábricas de ração em detrimento do milho”, diz ele, explicando que os agricultores utilizam o produto na composição de rações.

Outro fator que provocou a venda de milho nos estados do Centro-Oeste, onde não se planta muito trigo, é a proximidade do vencimento dos compromissos de safra. “Com pouca soja para vender, os agricultores lançam mão do milho para se capitalizar, pagando os compromissos bancários e adquirindo insumos para o próximo plantio. Por outro, as vendas de insumos pelo processo de barter aumentaram os volumes de coberturas realizadas na B3, provocando as altas dos últimos dias”, comenta.

Nesse cenário, o Segundo Levantamento da Safra 2018/2019, divulgado nesta quinta-feira (08.11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aumentou em 2,1 milhões de toneladas a sua projeção dos estoques finais desta safra, ou 17,95%, passando de 11,16 milhões de toneladas para 13,17 milhões de toneladas.

“Isto significa preços menores durante o período, como é o que já está acontecendo (esta projeção confirma a pouca viabilidade de novas altas significativas de preço, pelo menos não aos níveis em que já estiveram nos meses de maio-junho passados)”, explica.

 

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottens